Policial

Ex-militar matou amigo que era cabo do Exército para roubar motocicleta em Guajará-Mirim

A Polícia Civil conseguiu desvendar toda a trama que culminou com o assassinado do cabo do Exército Carlos Cabixi Wajuru, 24 anos. Ele estava desaparecido desde a última quinta-feira (25), situação que mobilizou as polícias de Rondônia e até as Forças Armadas nas buscas. O corpo do jovem foi encontrado na sexta-feira (26) em uma área da zona rural de Guajará-Mirim.

Carlos Cabixi foi morto pelo amigo Genildo Peres Nunes, 22 anos, um ex-militar, com a ajuda do comparsa, Rodrigo Figueira Nunes, também 22 anos, que acabou confessando o crime à Polícia. Genildo disparou na cabeça de Carlos para roubar a moto da vítima. André E.P.B., 27 anos também foi preso por envolvimento.

O crime começou a ser desvendado com a localização e apreensão da motocicleta da vítima, que foi encontrada na Bolívia. O veículo tinha sistema de rastreamento.
Todo o caminho percorrido pelo veículo, foi devidamente averiguado pela Polícia durante as investigações.

De acordo com informações apuradas pela Polícia, na noite de quarta-feira, Carlos recebeu uma ligação de Genildo, que era seu amigo, e ex-militar do Exército, oferecendo uma arma de pressão.

Ainda por telefone, Carlos disse para Genildo que deixaria sua esposa na faculdade e iria até a casa dele para ver a arma de pressão.

Por conta da demora em receber as mensagens enviadas pela esposa e não atender as ligações, a mulher informou o fato para a família. Horas depois a Polícia foi acionada.

Rapidamente, os policiais iniciaram as investigações, inclusive verificando os locais por onde a motocicleta teria passado no período da noite de quarta-feira. Câmeras de segurança mostraram o momento em que a vítima chegou em uma vila de apartamentos, no bairro Caetano.

Após cerca de 8 minutos, a moto de Carlos, conforme apurado pelo rastreamento, seguiu até uma residência no bairro Serraria. Uma pessoa acompanhou o veículo em outra moto, pela avenida XV de Novembro, até a avenida Boucinhas de Menezes, bairro Cristo Rei, onde foi deixada a motocicleta de Carlos.

Depois que a moto ser localizada, na Bolívia, os policiais avançaram nas investigações, identificando Genildo, que mora no bairro Caetano, onde Carlos seguiu após deixar a esposa na faculdade.

Enganação

Localizado, ele ainda tentou enganar os policiais dando uma versão contrária do que aconteceu, dizendo que levou o amigo e ele foi morto por três bolivianos. O acusado relatou que na última terça-feira, recebeu uma ligação de André perguntando se ele teria coragem de praticar o roubo de uma motocicleta, com a promessa de ganhar R$ 1 mil.

Aos policiais, Genildo disse que aceitou e escolheu o próprio amigo Carlos como vítima do roubo e disse que atrairia o cabo do Exército até sua casa.

Após arquitetar o plano, Genildo ligou para a vítima e Carlos foi até o local do crime.

Genildo contou que agiram com a ajuda de três comparsas, de nacionalidade boliviana, que aguardaram Carlos chegar na casa e deram um golpe “mata leão” no militar.

Com o avanço das investigações, os policiais chegaram até Rodrigo e constataram que Genildo havia mentido. Rodrigo confessou que ajudou o comparsa a cometer o crime, ajudando-o a dar o golpe, que deixou a vítima desacordada.

Rodrigo Figueira Nunes, também 22 anos

Rodrigo relatou que Genildo efetuou um disparo de arma de fogo no rosto de Carlos para terminar de executar a vítima. Disse ainda que Genildo teria limpado a cena do crime.

O corpo foi encontrado já em estado de decomposição na zona rural de Guajará-Mirim. Havia marcas de muita violência, mas os criminosos relataram que o corpo da vítima caiu quando chegavam próximo a um riacho.

Todos os três foram encaminhados para a sede da Polícia Civil e ficaram à disposição da justiça.

FONTE: PLANETA FOLHA

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