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França pede ajuda militar a sócios da União Europeia em ações no exterior

Ministro da Defesa pediu participação maior de países.
Bloco expressou apoio unânime ao pedido.

A França pediu nesta terça-feira (17) ao sócios da União Europeia (UE) “ajuda” na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, assim como uma “participação militar maior” nas operações do país no exterior, fundamentalmente na África. O pedido ocorre após os atentados terroristas reivindicados pelo EI que deixaram 129 mortos em Paris.

A UE expressou um apoio “unânime” ao pedido de ajuda militar, indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

“A França pediu ajuda e assistência. A UE, pela voz de todos os Estados membros, expressou de forma unânime seu total apoio” a esse pedido, garantiu.

Este apoio “é um ato político de grande importância”, declarou o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian.

“A França não poderá estar sozinha nestes cenários de operações contra os jihadistas”, afirmou.

Ainda não está claro como será feita a ajuda dos países europeus à ação militar francesa. Cada membro do bloco poderá contribuir auxiliando a França de acordo com suas próprias capacidades e políticas externas, indicou Mogherini.

Os detalhes serão acertados nas próximas horas em reuniões bilaterais entre os ministros.

“É um ato político, uma mensagem política”, disse a chefe da diplomacia europeia.

Paris espera receber ajuda nas operações militares já em curso no Iraque e na Síria, mas também na África.

“A França pede a seus sócios europeus apoio, de maneira bilateral, na medida de suas possibilidades, na luta contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) no Iraque e na Síria”, disse Le Drian.

O ministro também pediu “uma participação militar maior dos Estados membros nos cenários de operações nos quais a França está mobilizada”, principalmente na África.

Pedido inédito
O pedido de ajuda invoca o artigo 42-7 da União Europeia pela primeira vez. Ele é similar ao artigo 5 da Otan, que serviu de amparo aos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 para que a Aliança Atlântica atuasse no Afeganistão.

O recurso a este artigo “tem um alcance simbólico”, disse outra fonte da equipe do ministro.

“Os países da UE poderiam assim participar mais concretamente na luta contra o terrorismo, mesmo que seja com a oferta de uma contribuição ao Exército francês nos locais em que está mobilizado”, completou.

Os ministros da Defesa da UE estão reunidos em Bruxelas e discutem a situação do terrorismo após os atentados de sexta-feira à noite em Paris.

As tropas francesas participam na luta contra grupos jihadistas no Sahel africano e bombardeia posições do EI no Iraque e na Síria.

 

 

Fonte: G1

 

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Gomes Oliveira

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