O governador Confúcio Aires Moura já está sob investigação federal, a cargo da Polícia Federal, a mando do Superior Tribunal de Justiça (instância responsável por processo envolvendo autoridade do porte de governador).
A ânsia de atingir os seus desafetos e de detonar seus adversários políticos, não se importando quais os meios empregados, estão agora em pleno ano de campanha eleitoral, se voltando contra o próprio carrasco. O governador Confúcio Aires Moura já está sob investigação federal, a cargo da Polícia Federal, a mando do Superior Tribunal de Justiça (instância responsável por processo envolvendo autoridade do porte de governador).
Na Operação Termópilas a “cabeça” do então deputado Valter Araújo foi entregue na bandeja, não se importando para isto, que grandes e leais aliados de Confúcio Moura, fossem “rifados”. Apesar dos holofotes terem se voltado para a Assembleia Legislativa, na realidade, as irregularidades vinham acontecendo no Governo Estadual, e envolvendo até mesmo pessoas da intimidade do governador (afilhado dele foi preso dormindo na casa do chefe do Executivo Estadual).
Empresário do ramo de prestação de serviços Valter Araújo mantinha inúmeros contratos com o Governo, e acabou cometendo o grave pecado de anunciar prematuramente que seria candidato a governador na eleição de 2014. Seguramente auxiliado por um forte esquema de espionagem (sugerem até mesmo a participação de auxiliares importantes do ex-presidente, mas que prestam obediência ao Executivo), a Polícia Federal teve seu trabalho facilitado, e seguramente até “os sonhos de Valter Araújo”, eram monitorados.
Mas o governador Confúcio Moura conseguiu superar, se recolhendo. Se fez de morto, e deixou o escândalo para respingar somente na Assembleia. Só que Valter Araújo, além de inteligente, sabe demais. Ao se apresentar espontaneamente para o cárcere, repassou informações importantes para as investigações federais. Deu o serviço, como se diz na gíria popular.
Enquanto a Polícia Federal ainda fazia o desdobramento das investigações, checagem de documentos e até diligências, eis que a mando do governador Confúcio Moura, a Polícia Civil de Rondônia entra numa grande aventura com a tal Operação Apocalipse e esconde a Operação Beta. Enquanto parlamentares eram jogados à exposição da mídia como narcotraficantes, a cartada política era atingir com “tiro mortal”, o novo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho, que também começava a trabalhar seu nome como eventual postulante ao Governo.
A manobra de “apagar politicamente” o deputado Hermínio Coelho não deu certo, nem com o seu afastamento por 30 dias, pois em seguida, o Ministério Público Estadual se recusou a apresentar denúncia contra ele no Judiciário. Mas a Polícia Civil acabou por cruzar o caminho do próprio governador, apontado em depoimentos, de ter fortes ligações com a Organização Criminosa – Orcrim, cujos líderes foram presos na Operação Apocalipse. Imóvel alugado pelo Governo servia de encontro de bandidos. Denúncias de irregularidades na Casa Civil, denúncia de irregularidades na Superintendência de Licitações, dinheiro do narcotráfico empregado na campanha eleitoral do então candidato a governador Confúcio Moura, dentre outros casos graves foram remetidos para o Superior Tribunal de Justiça.
O encaminhamento de um autêntico dossiê de supostas práticas de irregularidades, crime eleitoral, corrupção ativa e passiva por parte do governador Confúcio Moura e membros de sua família já está em poder do STJ. O material foi encaminhado porque a Polícia Civil não tem autoridade (competência legal) para investigar o governador. O STJ já respondeu a polícia, através de ofício, que está tomando as devidas providências.
Certamente com o desenrolar agora das investigações, as autoridades que comandaram a Operação Apocalipse terão que se explicar, pelo fato de ter sido abafada a Operação Beta (que vinha efetivamente investigando a ação da Orcrim e o envolvimento com vereadores), e dos motivos jurídicos que a transformaram em Operação Apocalipse, quando conseguiram envolver de qualquer forma o nome do deputado Hermínio Coelho neste escândalo, pelo simples fato de ser amigo de um comerciante que teria ligações com uma pessoa ligada a esta Organização Criminosa. Para respaldar e dar contornos políticos, até a prisão do filho do presidente da ALE foi efetivada, e até hoje a Polícia Civil não admite que prendeu de forma equivocada, sem se ter tido maiores cuidados, ao confundir pessoas com o mesmo apelido.
Agora, todas estas informações, e outras que os organismos federais já produziram estão com os “homens de preto”. O destino de Confúcio Moura é tenebroso, principalmente com o “recheio” dos casos de empréstimos e benfeitorias milionárias para as usinas. Na ânsia de atingir desafetos ele fez: Deu um tiro no próprio pé. A esperteza em excesso atrapalhou e o tiro saiu pela culatra. Além disso, o feitiço virou contra o feiticeiro.
Autor; Paulo Ayres
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