O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou nesta sexta-feira (25) a Rússia de querer iniciar “uma terceira guerra mundial” ao apoiar a insurreição separatista no leste da Ucrânia e pediu à comunidade internacional união contra a agressão russa.
“As tentativas de agressão do exército russo no território da Ucrânia provocarão um conflito no território da Europa. O mundo não esqueceu a Segunda Guerra Mundial e a Rússia quer iniciar uma terceira guerra mundial”, declarou no Conselho de Ministros.
“O apoio da Rússia aos terroristas na Ucrânia constitui um crime internacional. Pedimos à comunidade internacional que se una contra a agressão russa”, completou Yatseniuk.
Em um clima de escalada retórica, a Ucrânia mantém a determinação de prosseguir com a ofensiva militar militar contra os separatistas pró-Rússia do leste, ativamente apoiados, segundo Kiev, por Moscou.
Nesta sexta-feira, a agência de classificação financeira Standard & Poor’s rebaixou a nota da dívida da Rússia de “BBB” para “BBB-” e manteve a perspectiva “negativa”, em consequência da crise entre Rússia e Ucrânia.
“A operação antiterrorista continua” afirmou o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov.
O governo interino de Kiev, pró-Ocidente, chama de “terroristas” os insurgentes pró-Rússia que ocupam prédios públicos em várias cidades de regiões de maioria russa, como Donetsk e Lugansk, geralmente armados.
O exército ucraniano tentará bloquear os insurgentes pró-Rússia dentro de seu reduto de Slaviansk, afirmou o chefe do gabinete presidencial, Serguei Pashinski.
“As unidades ucranianas acabam de lançar uma segunda fase (da operação), que consiste em bloquear Slaviansk e impedir a chegada de reforços”, declarou Pashinski, citado pela agência Interfax.
Um helicóptero do exército ucraniano foi atingido nesta sexta-feira por um disparo de lança-foguetes quando pousava em Kramatorsk e o piloto ficou ferido, anunciaram as autoridades do país.
Na quinta-feira (24), veículos blindados do exército ucraniano atacaram o reduto rebelde de Slaviansk, antes de uma retirada. Kiev afirma que cinco separatistas morreram na operação.
Diante da ofensiva ucraniana, a Rússia ameaçou com uma intervenção militar para defender seus interesses e os da população de origem russa na região. Moscou também iniciou manobras militares, ao longo da fronteira ucraniana.
Fonte: R7
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