Brasil

Polícia começa bloqueio em Jerusalém após onda de violência

Série de medidas de exceção foram adotadas em reunião de emergência do gabinete Netanyahu

JERUSALÉM — Israel começou a instalar nesta quarta-feira postos de controle nos acessos aos bairros palestinos de Jerusalém Oriental, um dia depois dos atentados que mataram três israelenses. Nas últimas duas semanas, quando começou uma onda de violência na região, o número de vítimas israelenses chega a sete, enquanto cerca de 30 palestinos morreram. O bloqueio e um eventual toque de recolher para a população é uma decisão do gabinete do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, depois de uma reunião de emergência da equipe de segurança durante a madrugada de terça-feira.

“A polícia está instalando postos de controle nas saídas das localidades palestinas e dos bairros de Jerusalém Oriental (a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel)”, informou um comunicado oficial.

Entre as utras medidas de exceção aprovadas no encontro, estão o envio de forças militares às entradas de Jerusalém Oriental. Cerca de 600 soldados se somarão aos milhares de reservistas da polícia de fronteira no local. As medidas punitivas contra os agressores também foram modificadas: agora além da demolição da casa dos familiares dos autores dos atentados, os parentes não poderão voltar a construir, seus bens serão confiscados e eles perderão o direito de continuar vivendo em Jerusalém.

Além disso, o Exército começará a inspecionar o transporte pública na Cidade Santa, onde na terça-feira ocorreu um ataque a um ônibus que deixou dois israelenses mortos e dez feridos. Poucos minutos depois, um homem avançou com um carro contra um ponto de ônibus em um bairro ultraortodoxo de Jerusalém Ocidental: uma pessoa morreu e oito ficaram feridas.

O ministro da Segurança, Gilad Erdan, informou que os corpos dos atacantes palestinos mortos não serão devolvidos às famílias para o enterro, destacando que muitas vezes os cortejos fúnebres se tornam “uma demonstração de apoio ao terrorismo e incitação ao assassinato.” Segundo Erdan, os agressores serão enterrados discretamente em um cemitério distante.

As medidas foram criticadas pela organização Human Rights Watch, que advertiu que o bloqueio levará a “assédio e abuso” à população palestina pela violação do direito à liberdade de ir e vir. A instalação de postos de controle em Jerusalém Oriental já foi adotada no passado e provocou a revolta dos palestinos, já que a medida dificulta a vida cotidiana, como por exemplo a viagem das crianças até a escola.

Os três agressores eram procedentes de Jerusalém Oriental, assim como a maioria dos autores dos ataques recentes com facas que espalharam o pânico no país. A região foi anexada por Israel em 1980 depois de ocupada na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Seus habitantes têm permissão de residirem na área e liberdade de movimentos por todos o país.

Fonte: oglobo

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