O depoimento do líder do governo Ricardo Barros deve ficar para a segunda quinzena de agosto. CPI tem várias linhas de investigação
A CPI da Covid irá retomar as sessões com depoimentos na próxima semana e a cúpula da comissão definiu, em reunião remotada realizada neste domingo (25), um calendário prévio dos depoimentos.
Como o R7 Planalto já havia informado, o primeiro a ser ouvido será o reverendo Amilton, seguido do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa. Os depoimentos da primeira semana após o recesso, portanto, irão abordar os problemas na negociação de vacinas com o Ministério da Saúde: no contrato para a compra da Covaxin denunciado pelos irmãos Miranda, e de uma negociação de doses da AstraZeneca, intermediada pela empresa Davati, que indicou como representante o reverendo.
Já na segunda semena de agosto, a CPI pretende ouvir o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que de acordo com o deputado Luís Miranda (DEM-DF) teria sido citado pelo presidente Bolsonaro em uma conversa informal como o articulador do “esquema” de compras de vacina dentro do Ministério da Saúde. Barros nega as acusações e pediu para ter o seu depoimento antecipado ainda para antes do recesso.
Também devem ser ouvidos representantes da empresa VTCLog, que teria assumido na gestão de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde o setor de armazenagem e distribuição de medicamentos, incluindo vacinas, da pasta.
Na terceira semana de agosto os senadores devem ouvir depoentes relacionados à disseminação de fake news ligadas à Covid e na quarta semana de agosto sobre a gestão dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Veja abaixo o calendário prévio com os próximos depoimentos. O calendário pode sofrer alterações se houver dificuldades nas convocações:
3 de agosto: votação de requerimentos e depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) e suspeito de negociar a contratação de 400 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a Davati;
4 de agosto: depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos; empresa que teria negociado o contrato para compra da Covaxin;
5 de agosto: depoimento de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos.
FONTE: R7.COM
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