Agravamento da pandemia e a crise econômica motivaram as manifestações; presidente fez pronunciamento e convocou apoiadores
Milhares de cubanos foram às ruas neste domingo (11.jul.2021) protestar contra o governo em meio ao agravamento da pandemia e da crise econômica no país. O presidente cubano e líder do Partido Comunista, Miguel Díaz-Canel, fez um pronunciamento e culpou os Estados Unidos pelas manifestações. Também convocou apoiadores para irem às ruas “em defesa da revolução”.
“Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, para que saiam às ruas em todos os lugares onde ocorram essas provocações”, disse.
Cuba tem sofrido com o agravamento da crise econômica e foi fortemente impactada pela queda drástica do turismo durante a pandemia. O país lida com escassez de remédios, longas filas para acesso a alimentos e cortes de energia elétrica.
O país registrou 6.923 novos casos de covid neste domingo, de acordo com o chefe de epidemiologia do Ministério da Saúde cubano, Francisco Duran.
Em vídeos publicados nas redes sociais, manifestantes aparecem aos gritos de “liberdade!”.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos manifestou-se em sua página oficial no Twitter. “Em seu monitoramento, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos recebeu denúncias de uso da força, prisões, ataques a manifestantes e jornalistas, além de cortes no sinal da internet, bem como reações estigmatizantes de altas autoridades contra as pessoas que se manifestam”, disse o órgão, ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos).
“A Comissão Interamericana de Direitos Humanos chama o estado de Cuba a cumprir suas obrigações de direitos humanos, em particular o direito de protestar, além disso, a reiterada recomendação sobre a abertura democrática da ilha e o dever de compatibilizar o quadro institucional com os padrões interamericanos”, declarou.
Assista ao pronunciamento do presidente Miguel Díaz-Canel:
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