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Novas variantes do SARS-Cov-2 são detectadas em São Paulo

Cepas foram encontradas testes diagnósticos realizados na Baixada Santista, em Itapecerica da Serra e em Jardinópolis

Três novas variantes do vírus SARS-Cov-2, causador da covid-19, foram detectadas entre os testes diagnósticos realizados por pesquisadores do Instituto Butantan.

As novas cepas foram encontradas na Baixada Santista (B.1.351, variante sul-africana, já identificada em Sorocaba), Itapecerica da Serra (B.1.318, variante encontrada na Suécia e também no Reino Unido) e em Jardinópolis (N9, uma mutação da P1, a variante amazônica, já encontrada em vários estados).

De acordo com o instituto Butantan, ainda é cedo para dizer, se as variantes são mais transmissíveis ou mais agressivas do que as variantes brasileiras P1 e P2. As detecções foram feitas na semana epidemiológica, ou seja, no período de uma semana em que o Butantan realiza a vigilância de novas variantes por meio do sequenciamento genômico de parte das amostras positivas diagnosticadas nos laboratórios do Instituto.

Uma das frentes de atuação do Butantan contra a pandemia é a gestão e organização da Rede de Laboratórios para o Diagnóstico do Coronavírus. A rede reúne 19 laboratórios e é responsável por todos os testes de covid-19 feitos na rede pública do estado.

São entregues diaraimente cerca de 20 mil laudos. Só nos laboratórios do Butantan, cerca de 5 mil amostras são analisadas todos os dias.

De acordo com o instituto, a partir das descobertas de novas cepas, os cientistas pesquisam como as variantes se comportam em relação ao estado clínico, qual sua relevância no contexto da pandemia e se a CoronaVac é capaz de combatê-las.

As conclusões são levadas em consideração para a elaboração de novas vacinas – como a ButanVac – e na atualização de vacinas existentes, como a CoronaVac. O processo é similar ao já executado com a vacina da gripe, anualmente atualizada de acordo com as principais cepas em circulação no mundo, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Esses estudos mostram que tem muita variante em São Paulo. Precisamos de políticas de contenção e respeitar o distanciamento para que a gente não fique espalhando variantes”, explica a vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, Maria Carolina Quartim Barbosa Elias Sabbaga. “É interessante para podermos entender de que forma essas variantes podem ser diferentes para os indivíduos, o que pode ser mais complicado e menos complicado, o que mudou”, completa a diretora do CDC, Sandra Coccuzzo Sampaio Vessoni.

FONTE: AGÊNCIA RECORD

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