Ação faz parte do Monitoramento Hidrobiogeoquímico da Usina Jirau. Até esta etapa dos estudos, não foram encontrados indícios de exposição ao metal nas lactantes
Agentes de saúde que atuam nos distritos de Abunã, Fortaleza do Abunã e em Nova Mutum Paraná, participaram da capacitação “Riscos da exposição ao mercúrio durante o período de amamentação”, nos dias 1º e 02 de julho. A ação foi promovida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, por meio do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico. O objetivo foi oferecer aos profissionais a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos técnicos, além de formar multiplicadores da informação.
O professor doutor do programa de monitoramento do mercúrio, Fabrício Zara, explica que as capacitações foram iniciadas em 2009 e desde então, têm sido intensificadas a cada seis meses. Nesta edição, o tema abordado é quanto ao processo de transferência do mercúrio através da amamentação. “Esta capacitação é de extrema importância, uma vez que o leite materno é a principal fonte de alimento para a criança nos primeiros meses de vida. E esta é uma mensagem fundamental a ser passada”, destaca.
Durante o curso, que contou com o apoio da Secretaria de Saúde de Porto Velho, os participantes foram informados sobre o resultado de quatro anos de pesquisas realizadas com lactantes da região. E até esta etapa do monitoramento, não foram encontrados indícios de exposição ao mercúrio nas lactantes, estando de acordo com o que preconiza a Organização Mundial de Saúde.
Os resultados das capacitações do programa têm sido satisfatórios, uma vez que os profissionais demonstram interesse em adquirir mais informações da área em que atuam. A capacitação é uma sugestão do Ministério da Saúde, a qual a ESBR vem atendendo de forma eficaz.
De acordo com o coordenador do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico da ESBR, Michel Obara, a atuação tem interface com outro programa da empresa, o de Pesquisa & Desenvolvimento, através do projeto “Biomarcadores de toxicidade do mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região Amazônica” / P&D 6631-0001/2012. “O projeto de biomarcadores é desenvolvido por iniciativa da própria ESBR, regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica e abrange toda a bacia amazônica”.
Sobre o Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico
As ações do programa são executadas por uma equipe de especialistas da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e da Universidade de Campinas (Unicamp). Os profissionais realizam, periodicamente, pesquisas com voluntários para os estudos de saúde humana com avaliação clínica, médica, neurológica, neuropsicológica e dosimetria de mercúrio. Também são aplicados questionários sobre as questões socioculturais, hábitos alimentares e estilo de vida dos participantes.
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