A Polícia Federal concluiu neste domingo (19) o inquérito da 14ª fase da Operação Lava Jato envolvendo a empreiteira Andrade Gutierrez. Nove pessoas foram indiciadas, entre elas o presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo. O inquérito cita entre os crimes corrupção, ocultação de bens e fraude em licitações. O relatório parcial foi protocolado no processo eletrônico da Justiça Federal por volta das 19h30.
A empreiteira Andrade Gutierrez divulgou nota informando que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato.
“A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos. A Andrade Gutierrez volta a afirmar que sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas o mais rapidamente possível, restabelecendo de vez a verdade dos fatos e a inocência da empresa e de seus executivos”.
Foram indiciados Otávio Marques de Azevedo, Rogerio Nora de Sá, Flavio Lucio Magalhães, Antônio Pedro Campello de Souza, Paulo Roberto Dalmazzo, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Mario Frederico Mendonça Goes, Lucélio Roberto Von Lehsten Goes e Fernando Antonio Falcão Soares
Otávio Marques de Azevedo está detido na carceragem da PF, em Curitiba, desde junho, quando foi preso preventivamente.
As empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram alvo da 14ª fase da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema “sofisticado” de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
Lava Jato: presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são presos
Na madrugada do dia 19 de junho, a PF deflagou a 14ª etapa da operação Lava Jato. Nesta fase, operação atingiu as duas maiores empreiteiras do País – a Odebrecht, e a Andrade Gutierrez. Entre os presos estavam os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, da Odebrecht, além de Marcelo Odebrecht – presidente da empresa – e Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.
Nesta etapa, a operação foi batizada de Erga Omnes, expressão usado no Judiciário que quer dizer (para todos). A Odebrecht foi acusada de pagar propinas de US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que cumpre prisão domiciliar.
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