Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador do mundo, voltou a funcionar neste domingo, após dois anos de obras de manutenção e regulação e vários meses de preparação para a nova ignição.
Assim anunciou neste domingo mediante um comunicado o Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), que especificou que hoje de manhã um feixe de prótons deu a volta ao LHC em um sentido, e pouco menos de duas horas depois, outro feixe fez o mesmo no inverso.
Em 24 de março, o CERN anunciou que colocar em funcionamento completo o grande colisor de prótons sofreria um atraso devido a um curto-circuito intermitente.
Os responsáveis afimaram que o tipo de problema encontrado era conhecido e que seu impacto seria mínimo na operação do LHC, que esteve parado dois anos, durante os quais foi submetido a uma minuciosa revisão técnica.
Hoje, fizeram circular uma energia de injeção e nos próximos dias, após a verificação de que tudo funciona corretamente, a energia irá aumentando paulatinamente.
A ideia é que cada feixe de prótons consiga circular a uma energia de 6,5 TeV (teraelectronvoltios), o que produzirá colisões a uma energia de 13 TeV.
Nesta nova etapa de operações, o acelerador melhorado poderá utilizar toda sua capacidade a favor da física no período compreendido entre 2016 e 2018, durante o qual pretende lançar luz sobre a composição da matéria escura.
O LHC é a máquina mais potente que existe, com ímãs condutores que funcionam por pilhas, e sua energia armazenada equivale à de um porta-aviões viajando a 43 km/ h ou à de um avião Airbus 380 voando a 700 km /h.
O acelerador tem a forma de um anel de 27 quilômetros de circunferência e se encontra dentro de um túnel localizado a cerca de 80 metros debaixo da terra, na fronteira da Suíça e França.
Para funcionar requer estar a uma temperatura de 217 graus centígrados sob zero, mais baixa que a do espaço, e que foi alcançada no final do ano passado.
Em 2012, o LHC permitiu realizar uma das maiores descobertas realizadas até o momento no mundo da física: demonstrar empiricamente o Bóson de Higgs, o que confirmou o modelo padrão no qual se baseia a física de partículas.
Fonte: GALILEU
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