Mais raros ainda são os que usam infravermelho. “Olhos que olham são comuns. Olhos que veem são raros” (J.Oswald Sanders).
AULAS PRESENCIAIS DA UNIR SEGUEM SUSPENSAS
Em nota a Reitoria da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) comunicou à comunidade acadêmica e à sociedade rondoniense que as atividades acadêmicas de pós-graduação foram retomadas, de modo remoto, mas que os cursos de graduação devem permanecer com aulas presenciais suspensas até posterior deliberação sendo que as atividades administrativas não essenciais permanecerão sendo realizadas de modo remoto até o dia 31 de dezembro do corrente ano. A decisão, que pode não agradar a muitos, é correta. Infelizmente, a realidade é que 121 servidores e 282 alunos confirmaram ter tido covid-19, com 4 óbitos (3 de alunos) até este início de setembro. Aglomerações, com um quadro como o atual, ainda continuam a ser indesejáveis e com consequências imprevistas. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
NO ESTADO AULAS PRESENCIAIS ESTÃO SUSPENSAS ATÉ NOVEMBRO
Por sinal a decisão da Reitoria da UNIR, segue recomendações internas, mas também o bom senso do Governo de Rondônia que, adotando medidas no combate à Covid-19, zelando pela saúde dos estudantes, o Governo do Estado, por intermédio do Decreto n° 25.348, de 31 de agosto de 2020, prorrogou a suspensão das atividades educacionais presenciais, do ensino regular, até o dia 3 de novembro de 2020. O decreto em vigor será aplicado na rede estadual, municipal e privada, em todos os municípios de Rondônia. Caso haja estudo apontando a viabilidade de retomada ou decisão local dos seus respectivos prefeitos, o retorno poderá acontecer antes do prazo determinado. A novidade é um parágrafo no novo decreto, que permite práticas de estágio supervisionado ou internatos nas unidades de saúde – públicas e privadas – pelos alunos de medicina do 5º ou 6º ano, como ainda discentes de outros cursos da área de saúde, que estejam no último semestre.
A suspensão das atividades educacionais presenciais já perdura mais de cinco meses para resguardar a saúde dos alunos evitando seu possível contágio.
PRORROGADO O AUXÍLIO EMERGENCIAL
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na terça-feira (1°.set.2020) que a prorrogação do auxílio emergencial será de R$ 300,00 por mais 4 meses. Esta foi a 2ª prorrogação do benefício. O auxílio emergencial foi criado para mitigar a crise econômica causada pela pandemia. Com o isolamento social, milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar. Até essa 2ª feira (31.ago.2020), o governo federal liberou R$ 184,6 bilhões a 67,2 milhões de beneficiários.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a importância do encaminhamento da reforma administrativa ao Congresso Nacional como “uma forma importante sinalizar para o futuro com a retomada das reformas” e considerou que a prorrogação do auxílio emergencial, com responsabilidade fiscal, é necessária para que se possa fazer “um pouso suave” depois da crise. A estimativa é a de que, em Rondônia, a prorrogação injete diretamente na economia R$ 180 milhões nos quatro meses cujo impacto, com os efeitos indiretos, pode representar um acréscimo de 1% no PIB estadual.
ECONOMIA É VIDA E SEM ECONOMIA AUMENTOU O DESEMPREGO E O DESALENTO
A crise do novo coronavírus escancarou a pobreza brasileira. O que se havia escondido, com a manipulação das estatísticas, agora, aparece de forma cristalina quadruplicando o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social e que precisam receber, de alguma forma, benefícios
do poder público. Basta verificar que, em 2019, desses 10,8% da população brasileira recebia algum deles e, em 2020, são 44,8%, a maior parte relacionada ao auxílio emergencial: são 65,2 milhões de beneficiados, o que supera o número de trabalhadores com carteira assinada em 25 Estados. Os dados revelam o que já se sabia: por conta da paralisação das atividades econômicas a sobrevivência de grande parte da população passou a depender de auxílios do governo Federal. O desembolso da União com os programas de assistência disparou de R$ 97,96 bilhões em 2019 para R$ 162,35 bilhões em 2020, segundo o portal Poder 360. Se o desemprego já era alto com a atividades econômicas funcionando, com a quarentena e os isolamentos, com o vai e vem, o abre e fecha, disparou: são quase13 milhões de desempregados, principalmente jovens. Muitos deles desalentados, ou seja, desistiram de procurar emprego. E como se vai ter emprego com as empresas sem vendas, com, na maioria dos estados, o comércio com mais de cem dias de paralisação? É o triste saldo do “Fique em Casa”.
PIB TEM RETRAÇÃO RECORDE NO 2º TRIMESTRE
A pandemia do novo coronavírus derrubou a economia brasileira. O PIB- Produto Interno Bruto, soma de todos bens e serviços produzidos no país, caiu 9,7% no 2º trimestre deste ano, na comparação com os 3 primeiros meses do ano. Em valores correntes, o total do PIB foi de R$ 1,653 trilhão de abril a junho. No 1º semestre deste ano, a economia acumulou uma queda de 5,9%. Nos últimos 4 trimestres, encolheu 2,2%. Na comparação com o 2º trimestre do ano passado, o recuo foi ainda maior: 11,4%.
SALÁRIO MINIMO PREVISTO PARA 2021 SÓ REPÕE A INFLAÇÃO
Na proposta de Orçamento de 2021, apresentado na última segunda-feira, 31 de agosto, o salário mínimo fixado pelo Governo Federal foi de R$1.067,00 para 2021, um O novo aumento de R$22,00 em relação ao salário mínimo atual. Se aprovado pelo Congresso, o reajuste salarial começará a valer em janeiro de 2021. Em abril, o valor previsto para 2021 era de R$1.079,00. No entanto, o valor é pautado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que teria, em abril, uma alta de 3,27% em 2020. Como este valor que caiu para 2,09%, em julho, o governo enviou a proposta já com um valor menor. Os valores do INPC podem mudar ainda 2020, tudo com base nas projeções de inflação para o ano de 2020.
AUTOR: SÍLVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A opinião dos nossos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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