São 21 mandados de prisão, sendo 16 preventivas e cinco temporárias, e 67 de busca e apreensão em RO, MS, SP, SC e DF
A PF (Polícia Federal) iniciou na manhã desta quinta-feira (27) a operação Pavo Real, com o objetivo de acabar com uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos e valores obtidos por meio do tráfico internacional de drogas.
As autoridades cumprem 21 mandados de prisão, sendo 16 preventivas e cinco temporárias, e 67 de busca e apreensão em Estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal.
Todos foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal em Rondônia.
Além disso, outras cinco pessoas investigadas tiveram as prisões convertidas em domiciliar, em razão de suas idades e por possuírem filhos menores.
Investigações
De acordo com a PF, as investigações começaram em fevereiro de 2019, quando a PF buscava identificar a ocultação de bens e a movimentação de valores por um dos internos da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), com histórico criminal e condenações pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo.
A PF identificou a existência de uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, composta, em grande parte, pelos familiares do investigado, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos, todos com prisão decretada, agora, pela Justiça Federal de Porto Velho.
Com a liderança exercida pelo interno e seu filho, os investigados se associaram para a perpetuação e controle do tráfico internacional de drogas na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, em uma verdadeira “guerra” contra facções e organizações rivais.
Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do interno, em Porto Velho.
Na época, houve apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais. Os criminosos passaram a residir nos imóveis citados com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal.
Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões, das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas, pela organização criminosa, para a movimentação dos valores ilícitos.
A Justiça Federal determinou, também, o sequestro específico de 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, que, somados, alcançam um valor aproximado de R$ 2,3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados.
Foram sequestrados, ainda, cerca de 50 imóveis que, segundo valores atuais de mercado, ultrapassam a quantia de R$ 50 milhões, além de dezenas de outros imóveis, registrados em nome de membros da organização criminosa, cujo valor patrimonial total será apurado após a deflagração.
FONTE: R7.COM
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