Em seu discurso, o candidato prometeu ‘acabar com a escuridão da era Trump’ e a curar o país assolado pela pandemia do coronavírus
Joe Biden aceitou nesta quinta-feira (20) a indicação do Partido Democrata para concorrer à Presidência dos Estados Unidos. Em seu discurso, Biden prometeu curar o país assolado pela pandemia do coronavírus e dividido pelos quatro anos da presidência de Donald Trump.
“O atual presidente envolveu os Estados Unidos na escuridão por muito tempo. Muita raiva. Muito medo. Divisão demais. Aqui e agora, dou a minha palavra: se me confiar a presidência, vou recorrer ao melhor de nós, não ao pior”, disse Biden.
O discurso foi feito em uma arena praticamente vazia em sua cidade natal, Wilmington, Delaware, no último dia da convenção do Partido Democrata, realizada virtualmente por causa da pandemia do coronavírus.
Descrevendo o momento atual como “um dos tempos mais difíceis que o país já enfrentou”, Biden se ofereceu como um unificador e garantiu que, se eleito, vai trabalhar “duro” também para aqueles que não o apoiam. A política de Trump, ao contrário, manteve o foco em sua base de eleitores.
“Embora eu seja um candidato democrata, serei um presidente americano. Esse é o trabalho de um presidente. Para representar todos nós, não apenas nossa base ou nosso partido. Este não é um momento partidário. Este deve ser um momento americano. É um momento que exige esperança, luz e amor”, disse.
Convenção democrata
Os democratas usaram a convenção para destacar a ampla coalizão trabalhando para derrubar Trump, exibindo liberais e moderados, estadistas mais velhos e estrelas em ascensão – e até mesmo alguns republicanos de alto perfil, que pediram a seus companheiros conservadores que colocassem o patriotismo acima do partido.
O evento também colocou a diversidade dos democratas em exibição, especialmente a nomeação da senadora Kamala Harris, a primeira mulher negra e asiático-americana em uma chapa de partido importante.
Os democratas expuseram as áreas nas quais Biden seguiria políticas dramaticamente diferentes das de Trump, como imigração, mudança climática e segurança de armas.
Nesta quinta-feira, boa parte dos discursos, no entanto, foi dedicada a temas como integridade e fé.
O programa também enfatizou a experiência pessoal de Biden com a tragédia – as mortes de sua primeira esposa e filha em um acidente de carro e a morte por câncer de seu filho Beau. A intenção é enfatizar sua capacidade de sentir empatia pelos sofrimentos dos americanos.
Os críticos acusam Trump, cujos instintos são mais combativos do que reconfortantes, de não oferecer consolo em tempos de crise.
Biden falou diretamente para aqueles que perderam alguém para a pandemia e ofereceu uma avaliação fulminante da resposta de Trump à crise de saúde que já durava meses.
FONTE: R7, com Reuters
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