A renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, foi tratada por oposicionistas – e até petistas – como uma decisão necessária e tardia. A notícia, que surgiu na manhã desta quarta-feira, surpreendeu muitos parlamentares. A expectativa era de que Graça permanecesse no cargo por algumas semanas enquanto o governo encontra um nome para sucedê-la.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), diz que a demissão era essencial para retomar a credibilidade da Petrobras ante o mercado. “Acredito que a solução deveria ter ocorrido há mais tempo. Não por questões pessoais ou por mérito ou demérito da titular, mas por questão da imagem da estatal perante os segmentos financeiros”, afirma.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), concorda: “A demissão foi tardia. Pedíamos essa saída desde setembro. A presidente Graça Foster estava lá para limpar a barra do governo. Cumpriu a missão e agora se demitiu”, avalia.
Mesmo entre os petistas o sentimento é o de que a troca aconteceu com atraso. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), por exemplo, admite: “Ela fez um trabalho muito importante mas chegou a um momento insustentável. Está até um pouco tarde”, diz ele.
O colega Paulo Teixeira também reconhece que a saída da presidente era inevitável: “Era um fato necessário para melhorar a governança. A Petrobras carecia de uma mudança para sair das páginas políticas e voltasse para as páginas de economia”.
Fonte: VEJA
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