A compreensão do funcionamento dos Antibióticos Promotores de Crescimento (APCs) revela caminhos para aumentar o desempenho dos animais com o uso de novos aditivos e combate à resistência aos antibióticos.
A descoberta dos antibióticos, há quase um século, revolucionou a medicina humana e contribuiu para a melhoria da produtividade na cadeia de proteína animal, possibilitando alimentar a crescente população mundial. Porém, o momento é outro e o crescimento do risco de resistência aos antibióticos nas pessoas desencadeia um processo de sua substituição também nos animais. “O fato é que, embora o uso dos chamados Antibióticos Promotores de Crescimento (APCs) tenha proporcionado resultados positivos em animais, seu modo de ação permanece incerto. Tal situação leva a Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos governamentais de diversos países a recomenda o uso racional de antibióticos em animais”, ressalta Antonia Tacconi, Gerente Global de Linhas de Produtos – Fitogênicos e Ácidos da Biomin, empresa do Grupo Erber para soluções naturais para alimentação animal. “Apenas a substituição dos antibióticos não é suficiente. É preciso um conjunto de intervenções nutricionais, higiênicas e ambientais, sempre vinculadas a uma sólida estratégia de biossegurança”, complementa a especialista.
O uso dos APCs na produção animal tem sido justificado por sua ação anti-inflamatória, contribuição para o equilíbrio da microbiota, redução taxas de crescimento bacteriano e melhoria da digestibilidade. “A busca da indústria por alternativas naturais chegou aos aditivos fitogênicos, que também produzem efeitos similares com segurança, sem afetar a eficácia dos antimicrobianos para uso terapêutico. Eles são elaborados a partir de elementos da natureza, como óleos, especiarias ou extrato de plantas”, informa Antonia Tacconi.
Ela diz que “já foi demonstrado que o uso de APCs impacta a comunidade microbiana do intestino e, frequentemente, os lactobacilos são as bactérias envolvidas nessas mudanças. Então, apesar dos efeitos positivos na promoção de crescimento, os APCs também apresentam efeitos negativos, que afetam o desempenho dos animais”, explica a Gerente Global de Linhas de Produtos – Fitogênicos e Ácidos da Biomin. “Outro ponto importante é que as doses aplicadas para a promoção de crescimento são inferiores à concentração inibitória mínima, ou seja, o nível necessário para interromper o crescimento de patógenos”.
“O impacto da substituição de antibióticos por aditivos fitogênicos passa pelo melhor aproveitamento de nutrientes e da energia provenientes da alimentação dos animais. Os benefícios para os animais monogástricos (aves e suínos) ainda incluem a redução de microrganismos patogênicos no trato digestivo, maior rendimento de cortes e carcaça e melhor desempenho produtivo de frangos e ovos”, complementa Eduardo Vicuña, Gerente de Serviços Técnicos de Avicultura da Biomin para América Latina.
“A maior adesão aos novos aditivos e às estratégias de prevenção implica menos necessidade de utilizar antibióticos como promotores de crescimento, combatendo assim a resistência antimicrobiana de forma natural, sem impacto na produtividade”, complementa Vicuña.
FONTE: ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
Add Comment