A Comissão Executiva Nacional do PT vai se reunir em São Paulo nesta quinta-feira (10) para discutir, entre outros temas, o caso do deputado André Vargas (PT-PR). O parlamentar pediu afastamento do mandato por 60 dias após denúncias de ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro.
- Nesta quarta (9), Vargas pediu também renúncia do cargo de vice-presidente da Câmara. Ele justificou a decisão dizendo que assim terá tempo para preparar sua defesa. Já tramita no Conselho de Ética um processo para apurar quebra de decoro parlamentar e que pode levar à cassação do mandato.
Na carta em que pede para deixar a vice-presidência, Vargas disse que vai enfrentar o processo no Conselho de Ética com “tranquilidade”.
A reunião do PT está prevista para começar às 10h e durar até 17h. O presidente do partido, Rui Falcão, vai coordenar os trabalhos. Além dele, devem comparecer a maioria dos 21 membros da executiva nacional, como Geraldo Magela, secretário-geral nacional, João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças e planejamento e José Américo Dias, secretário nacional de comunicação. Vicentinho, líder do PT na Câmara dos Deputados, e Humberto Costa, líder do PT no Senado são nomes possíveis, porém não confirmados, segundo a assessoria de imprensa do partido.
Além da situação de André Vargas, a reunião deverá discutir também pautas para o Encontro Nacional de Tática do partido, marcado para os dias 2 e 3 de maio.
Denúncias
Segundo reportagem da revista “Veja” com base em relatório da PF, Vargas atuava junto com Youssef para captar verbas em projeto do Ministério da Saúde. Além disso, usou avião fretado pelo doleiro em janeiro para viajar de férias com a família.
Na carta, Vargas disse estar enfrentando “um intenso bombardeio de denúncias e ilações lançadas em veículos de imprensa baseadas apenas em vazamentos ilegais de informações”.
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