Ao menos doze pessoas foram detidas na madrugada desta sexta-feira em diversos pontos da região metropolitana de Paris em uma operação policial relacionada com os atentados da semana passada, informara o jornal Le Monde. As prisões na periferia da capital francesa foram realizadas pelo grupo de operações especiais da polícia. As autoridades não informaram as identidades dos detidos.
Os nove homens e três mulheres serão entrevistados sobre um “possível apoio logístico” para os assassinos, incluindo transporte de armas e veículos. Nesta sexta de manhã, a polícia francesa também fazia operações de busca e apreensão em Montrouge, Grigny, Fleury-Merogis e Epinay-sur-Seine, todos pequenos municípios da região metropolitana da capital francesa. Amedy Coulibaly, um dos terroristas que atacou Paris, cresceu em Grigny e esteve na cidade quatro dias antes de iniciar sua ação.
De acordo com fontes policiais ouvidas pelo jornal francês, os investigadores têm trabalhado nos últimos dias na identificação de pessoas que possam estar ligadas às redes terroristas usando escutas telefônicas e até análises de DNA. A polícia também procura o carro Hayat Boumeddiene, mulher de Coulibaly que, segundo a inteligência turca, pode estar na Síria desde o dia 8 de janeiro.
O secretário de Estado americano John Kerry desembarcou nesta sexta em Paris e encontrou-se com o presidente francês François Hollande. Eles se abraçaram na presença da imprensa e Kerry disse que os “americanos compartilham a dor do povo francês”. O secretário de Estado também pediu desculpas por sua ausência na marcha contra o terrorismo neste domingo em Paris.
John Kerry disse a seu colega francês Laurent Fabius ele não poderia participar na marcha de 11 de janeiro, porque ele estava viajando em Sofia e na Índia. “Ele pediu desculpas por sua ausência”, disse o ministro das Relações Exteriores francês. Kerry colocou uma coroa de flores em frente ao supermercado kosher atacado e também deverá visitar o escritório da revista satírica Charlie Hebdo para colocar grinaldas de flores. Em seguida, Kerry fará reuniões com autoridades francesas para discutir questões de segurança e compartilhamento de informações.
Fonte: VEJA
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