A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fake news, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), acredita que será necessário um prolongamento das atividades da comissão. A ideia foi apresentada publicamente aos parlamentares que compõem o colegiado nesta semana pela deputada.
“Acho que, para o bem da investigação, para que cheguemos a um resultado efetivo nessas investigações, nós deveríamos começar a analisar a proposta de ampliar o tempo de existência da CPMI”, disse na quarta-feira (5). Ela defende que a comissão chegue “no mínimo” até junho.
Ao Congresso em Foco, a deputada afirmou que consegue entregar o relatório da CPMI na data prevista, mas acredita que, para fazer uma investigação mais profunda, é necessário a prorrogação. Ela explica que há muitos documentos para serem analisados e solicitados, mas “nesse tempo será difícil”.
“Se for pra entregar o relatório em abril, entregaremos o relatório em abril com aquilo que nós conseguimos trabalhar até então. Agora, se nós quisermos aprofundar as investigações na direção de ter o resultado aquilo que nós estamos pedindo de quebra de sigilo, de documentos, ai, certamente, início de abril não dará para terminar”, explicou.
Ela defende também que é necessária uma mudança no funcionamento da comissão, para agilizar os trabalhos. “Eu tô defendendo que a gente comece a ter uma intensidade maior de trabalho, que a gente não fique apenas dois dias, talvez a gente amplie pra três dias [de comissão na semana] ou mesmo para mais de uma pessoa [ouvida] no dia”, explica.
Questionada se vê clima para a prorrogação da comissão, Lídice afirma que começou a discutir o assunto há pouco tempo, mas, das pessoas que conversou, todas foram a favor. “Mas consenso no parlamento é algo muito difícil”, pondera.
Procurado pelo Congresso em Foco, o presidente da comissão, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que é preciso esperar chegar mais perto da data final, programada para 13 de abril, para tomar uma decisão definitiva, mas acredita que será necessário a prorrogação.
“Chegar em meados de março, por ai, nós vamos fazer uma avaliação se há necessidade da prorrogação. Acredito que sim. Vamos fazer o requerimento solicitando a prorrogação”, disse.
FONTE: CONGRESSO EM FOCO
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