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Ministra da Agricultura apoia à suspensão da vacina contra aftosa e Rondônia vê crescer perspectiva de mercados

A suspensão da vacinação contra a febre aftosa abre a perspectiva de novos mercados para a carne bovina de Rondônia, com as atenções voltadas para as exportações para países europeus e asiáticos. O grande passo para o salto qualitativo na produção agropecuária do Estado foi anunciado no final da tarde de quarta-feira, 4, pelo governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, decretando juntamente como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes, o fim da vacinação do rebanho bovino, ou seja, reconhecendo o Estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito durante audiência pública realizada no Legislativo Estadual.

Antes de oficializar o fim da vacinação contra a febre aftosa, o governador fez uma ligação para a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que pelo viva voz do telefone celular enalteceu todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Estado na questão de cumprir às determinações e ainda chancelou apoio para a suspensão da vacinação em Rondônia o que, consequentemente, vai abrir perspectivas de mercados, principalmente do Japão. “Rondônia pode ser o Estado piloto para buscar os mercados mais exigentes do mundo. Contem com o nosso apoio”, disse a ministra, que ouviu, direto do plenário da Assembleia Legislativa, aplausos de deputados, pecuaristas e outros convidados presentes à audiência.

Conforme auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Estado, hoje, tem potencial para se tornar área livre de Febre Aftosa sem a vacinação. O anúncio foi feito no dia 21 de novembro, durante reunião do Bloco I, realizada no vizinho estado do Acre.

De acordo com o Mapa, a avaliação feita pelos auditores do Ministério, que estiveram em Rondônia no último mês de outubro, quando se constatou o investimento feito neste ano na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), para aquisição de veículos novos, barcos, implantação de videomonitoramento e construção e reforma das unidades locais (Ulsav) e de atendimento ao produtor, bem como o cumprimento das ações previstas no plano estratégico, capacita o Estado a suspender a vacinação.

Ao declarar aberta a audiência, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes, entregou ao governador Marcos Rocha um documento assinado pelos deputados estaduais, apoiando a retirada da obrigatoriedade da vacina contra a febre aftosa no rebanho. No documento, os parlamentares ressaltam que a Assembleia Legislativa se manifesta oficialmente a favor de que o estado de Rondônia também promova adesão à suspensão. Sendo assim, o conjunto de parlamentares garantiu apoio irrestrito ao pronunciamento do governador declarando o fim da vacinação contra a febre aftosa em Rondônia.

O governador também enfatizou que serão ampliados os mecanismos de vigilância para que Rondônia mantenha o fortalecimento da economia. Todas as medidas vão ao encontro do Plano Estratégico lançado pelo Governo do Estado para o desenvolvimento econômico visando colocar Rondônia entre os estados mais competitivos do Brasil. Para isso, o Plano Estratégico já previa a garantia das certificações sanitárias necessárias à exportação dos principais produtos do Estado para Japão, China, Estados Unidos e países da Europa.

“Estaremos sempre com os produtores e a decisão de suspensão da vacinação contra a febre aftosa no nosso Estado será exemplo para o país e, com isso, dando um passo importante para alavancar a economia. Sabendo que essa decisão também é um modelo que o próprio governo federal deseja fazer em Rondônia. Estamos atentos a todas as ações da Idaron que está trabalhando muito bem, dando um show, e iremos reforçar as condições inclusive de aumentar a fiscalização. Lembrando que a nossa carne bovina é reconhecida como uma das melhores do mundo”, disse otimista o governador Marcos Rocha prevendo que Rondônia, além de atender a demanda local, vai poder exportar para outros países da Europa que, inclusive, exigem a carne sem a vacinação.

Rondônia tem reforçado a estruturação da defesa agropecuária no intuito de se alcançar a suspensão da vacinação com ações que visam posteriormente garantir mercados existentes; abrir novos mercados; aumentar as exportações e melhorar a remuneração pelos produtos; diferenciar o status sanitários de Rondônia; bem como atração de novos investimentos. Todos esses itens foram apresentados pelo técnico da Idaron, Fabiano Alexandre, durante uma apresentação com detalhes sobre os desafios da retirada da vacinação e os preparativos necessários.

O governador Marcos Rocha chamou a atenção de todos para destacar o conjunto de ações desenvolvidas pela Idaron, que tem como presidente Júlio Cesar Rocha Peres. Em seu pronunciamento, o presidente da Idaron enfatizou sobre os processos já em curso em estados como o Paraná, ressaltando que a Agência está pronta para dar a sua contribuição. “Vamos trabalhar ainda mais, temos experiência e uma equipe com muita responsabilidade de trabalho”, argumentou Júlio Peres destacando, inclusive, que muito se deve à colaboração do produtor rural agropecuário que, entendendo a importância dessa iniciativa para a cadeia produtiva e para a economia, tem colaborado com as ações da Idaron.

Nos últimos anos, a pecuária rondoniense vivenciou um grande avanço, tanto em escala quanto em sustentabilidade, o que possibilitou ao Estado o 5º lugar no ranking nacional em exportações de carne, abrindo portas para a conquista de mercados internacionais e a valorização da produção agropecuária.

A audiência pública para que fosse discutido o fim da vacinação contra a febre aftosa também contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Walter Waltenberg; do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edilson de Souza; do secretário de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani; do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Hélio Dias; bem como outras autoridades.

 

FONTE: SECOM/RO

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