O advogado Hélio Vieira da Costa e sua esposa, Zênia Cernov, não se pronunciaram até agora sobre as denúncias envolvendo o escritório Hélio Costa e Zênia Cernov S/A sobre a condenação no valor de R$ 35 milhões pelo Judiciário, e nem a busca desenfreada por apoio do Governo e da Assembleia Legislativa para pressionar os profissionais contratados em regime de confiança. Entretanto, Hélio terá que prestar novos esclarecimentos a Advocacia a respeito de um novo capítulo de sua atuação como advogado nos maiores sindicatos dos servidores públicos do Estado.
Como apoio de figuras proeminentes do Partido dos Trabalhadores, a exemplo da ex-senadora Fátima Cleide, o ex-vereador Wildes de Brito, e Itamar Ferreira, Hélio se aproximou dos sindicalistas Manoel Rodrigues, Claudir Mata Magalhães, Silas Neiva, entre outros, para atravessar colegas advogados para receber parte dos honorários de causas já ganhas em favor da categoria.
O “modus operandis” de Hélio começou anos atrás no Sintero. Em 1989, o sindicato dos professores contratou o advogado Felipe Belmonte para impetrar uma ação contra União para enquadramento de 6 mil trabalhadores. O sindicato foi derrotado em primeira instância, mas ganhou no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que condenou a União a pagar a indenização e honorários de sucumbência. O Sintero decidiu destituir Felipe Belmonte, antes do recebimento dos recursos, e contratou Hélio Vieira.
Como Felipe Belmonte não concordou em abrir mão de um direito seu conquistado arduamente no Judiciário, Hélio então teve a ideia de convocar assembleias com apoio de dirigentes do Sintero para descontar das indenizações dos próprios servidores os honorários que “eram devidos a seu escritório” pelos serviços contratados a partir da destituição de Belmonte. E assim foi feito. Os trabalhadores arcaram com 32% de pagamentos sobre a causa. Anos depois a manobra de Hélio Vieira foi comprovada e ele foi condenado ao pagamento de R$ 35 milhões. Segundo o MPT, diante das evidências, “houve associação dos requeridos para promoverem descontos ilegais nos créditos trabalhistas dos substituídos em trâmite na 2ª Vara do Trabalho em Porto Velho. Aduz a condição de cooperação que deveria existir entre o Sintero e os interesse de seus associados, os quais substituiu, tendo o direito junto a União de 15% de honorários, mas, mesmo assim, autorizou que os substituídos pagassem 32% sob o mesmo título, deduzidos diretamente de seus créditos.
A mesma operação no Sintero foi repetida no Sindsaúde e no Sinsepol. Hélio atravessou mais uma vez os advogados dos sindicatos com apoio dos dirigentes, em sua maioria do PT, e garantiu para seu escritório altas somas em créditos, embora não fosse ele o profissional originário da ação.
Não vou entrar no jogo, disse Zenia em postagem no Instagran
Zênia Cernov não quis falar sobre o assunto. Ela diz não querer “jogar um jogo na qual foi convidada”. A advogada e sócia de Hélio Vieira esquece que ela está querendo representar não apenas um grupo de profissionais, mas a sociedade de Rondônia que busca na OAB a segurança de seus direitos face a omissão do Estado. Zênia também não levou em consideração de todas as afirmações veiculadas por este jornal foram confirmadas por links de matérias da época das operações da Polícia Federal nos envolvidos que hoje apoiam sua candidatura a OAB de Rondônia.
Da Redação Folha
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