Depois de várias rodadas de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Vigilância (SINTESV) e o Sindicato das Empresas de Vigilância (SINDESP), o resultado dessas negociações foi uma proposta patronal de 6,38% de reajuste nos salários e benefícios, com o valor do auxílio alimentação ficando em R$ 15,04. A categoria rejeitou praticamente por unanimidade a oferta patronal, manteve a reivindicação de 8% de reajuste, de R$ 16,00 no auxílio alimentação e aprovou uma paralisação de 24 horas na próxima terça-feira (22).
A decisão da categoria só será revertida se houver uma mudança da postura com o atendimento das reivindicações dos vigilantes. Durante a paralisação serão feitas várias atividades de protestos e a principal será uma grande concentração em frente ao Palácio do Governo, para cobrar do governador Confúcio Moura a co-responsabilidade do Estado que acabou com os contratos de vigilância nas escolas, deixando desempregados aproximadamente 2.000 vigilantes, demitidos em outubro de 2013 e que estão até hoje sem receber verbas rescisórias.
Os vigilantes estão revoltados com o governador, que nesta semana deixou claro em uma entrevista que acabou com os contratos de vigilância nas escolas por briga política com Expedito Junior. A categoria entende que o desemprego é responsabilidade do governador e o calote nas verbas rescisórias é dele e das empresas, entre elas a Rocha ligada a Expedito Junior. Já são mais de seis meses desempregados e sem receber verbas rescisórias. O presidente do SINTESV, Paulo Tico, afirmou que “vamos lutar pelo acordo coletivo e pelos direitos dos demitidos por Confúcio”.
A paralisação de terça-feira (22) poderá afetar, principalmente, o funcionamento das agências bancárias e o transporte de valores por carro-forte, já que sem vigilantes os bancos são proibidos de funcionarem e provavelmente muitas unidades poderão não abrir; sendo que os caixas automáticos poderão ser afetados também. O SINTESV já está comunicando ao Sindicato dos Bancários (SEEB) a decisão da categoria vigilante, pois as duas categorias já têm um histórico nacional de atuação conjunta de suas lutas. O movimento dos vigilantes deverá contar com o apoio do SEEB, que não irá permitir que os bancários trabalhem sem segurança.
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