Cidades

Vereadores que estavam foragidos se entregam à polícia em Vilhena, RO

Jairo e Marta são suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro.
Defesa afirma que ex-parlamentares irão provar inocência.

Os vereadores afastados Jaldemiro Dedé Moreira (PP), conhecido por Jairo Peixoto, e Maria Marta José Moreira (PSC) se apresentaram na Delegacia de Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (22), em Vilhena (RO), região do Cone Sul. Eles estavam foragidos da Justiça de Rondônia há um mês, suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro. Conforme as investigações da Polícia Federal (PF), um grupo de parlamentares participava de um esquema de aprovação de loteamentos na cidade, mediante recompensa.

Marta e Jairo se entregaram acompanhados de advogado. Ela foi encaminhada para o presídio feminino e Jairo para a Casa de Detenção do município. Já estavam presos os vereadores José Garcia da Silva (DEM), Vanderlei Amauri Graebin (PSC), Carmozino Alves Moreira (PSDC), Junior Donadon (PSD), e Antonio Marco de Albuquerque (PHS), conhecido como Marcos Cabeludo, suspeitos de participarem do mesmo esquema.

De acordo com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), os vereadores receberam propina de um proprietário de loteamento da cidade. Os pagamentos consistiam em terrenos e cheques, que eram repassados ou colocados em nome de terceiros, com objetivo de ocultar o crime.

Ainda segundo o MP-RO, o grupo de vereadores passou a solicitar e a receber vantagem indevida em razão dos cargos de vereadores que ocupavam. Eles condicionavam a celeridade e a aprovação de projetos de autorização ou regularização de loteamentos ao recebimento de propina.

O advogado Agnaldo Muniz, que representa Jairo e Marta, explica que os clientes querem esclarecer os fatos perante o judiciário e à sociedade, e afirma que acredita na inocência de ambos. Ele ressaltou que não sabia a localização dos vereadores afastados, e que as prisões são arbitrárias.

Além disso, Muniz ressalta que entrou com pedido de habeas corpus, que deve ser julgado ainda esta semana. “Até agora só houve investigação e provas de forma unilateral. A partir de agora, é que realmente haverá o contraditório e a ampla defesa, na na fase da instrução criminal. Agora eles vão provar a inocência. Nem tudo que apareceu até agora é verdade”, enfatiza.

Prisões
O vereador José Garcia da Silva (DEM) foi o 1º a ser preso em flagrante, no dia 18 de outubro. A prisão foi realizada pela PF quando Garcia estava a caminho da Câmara de Vereadores do município.

O vereador Vanderlei Amauri Graebin (PSC) foi o 2° a ser preso, no dia 21 de outubro. Segundo a PF, ele se entregou na sede da instituição após a Justiça do estado decretar a prisão preventiva do parlamentar.

No dia 22 de outubro, o vereador Carmozino Alves Moreira (PSDC) também foi preso pela Polícia Federal. Conforme a PF, a prisão foi necessária para manutenção da ordem pública.

Dois dias depois, o presidente da câmara, Junior Donadon (PSD), foi preso em uma barreira da Polícia Federal, na BR-364. Donadon recebeu voz de prisão, e foi conduzido até a delegacia da PF em uma viatura. Depois, foi levado para exame de corpo de delito na delegacia de Polícia Civil e, em seguida, encaminhado para a Casa de Detenção do município.

Já vereador Antonio Marco de Albuquerque (PHS), conhecido como Marcos Cabeludo, foi preso no mesmo dia que o vice-prefeito, no início de novembro.

 

Fonte: G1

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