por Eliane Kay, diretora executiva do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg)
A melhor notícia do agronegócio brasileiro neste início de ano refere-se ao seu desempenho consolidado em 2020, quando o país e o mundo enfrentaram a pior pandemia de sua história. O agro não parou. Pelo contrário, acelerou e colocou mais alimentos na mesa da população. Nunca, o Brasil produziu tanto.
O Valor Bruto da Produção (VBP) de 2020 foi o maior da história: R$ 885,8 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Não bastasse ser maior do que o resultado do ano anterior, cresceu absurdos 15,1%, contra um desempenho também muito bom. Os preços melhoraram e as exportações explodiram, superando US$ 100 bilhões, informa o MAPA.
A outra leitura dessas informações aponta para a competência do agronegócio brasileiro, setor puxado pelos 5 milhões de agricultores e produtores de animais, milhares de indústrias de insumos e processamento, empresas de serviços, distribuição, logística e outras áreas, além dos mais de 18 milhões de trabalhadores.
A análise histórica do VBP também comprova a consistência do crescimento do setor produtivo do Brasil. Entre 2011 e 2020, o Valor Bruto da Produção aumentou 147%, com crescimento médio anual de 14,7%. O VBP saltou de R$ 358,6 bilhões para R$ 885,8 bilhões.
Na última década, a agricultura representou cerca de 66,5% do VBP, saindo de R$ 239,63 bilhões (2011) para R$ 589,1 bilhões: crescimento de 146%. E a produção animal, que valia R$ 139,02 bilhões, em 2020 atingiu R$ 296,7 bilhões: aumento de 113,4%.
A indústria de defensivos agrícolas sente-se orgulhosa por esses números. Afinal, está na base da produção agrícola. Os produtos fitossanitários são essenciais para o aumento da produtividade da agricultura que, aliás, também cresceu 24% na última década, saltando de 3.148 kg/ha para 3.912 kg/ha. Importante ainda destacar que a safra de grãos avançou 72,7% nos últimos dez anos, passando de 149,3 milhões de toneladas para 257,8 milhões de toneladas.
Importante informar que a falta de defensivos poderia representar queda de até 40% da produção agrícola. Assim, é indiscutível a contribuição da indústria de insumos para atingir os níveis atuais de produção e de produtividade.
Aliás, nunca é demais ressaltar, o Brasil é abençoado por ter até três safras anuais de várias culturas, mas o clima tropical (quente e úmido) é perfeito para a implacável ação de pragas, doenças e fungos, cada vez mais prevalentes e resistentes.
Outra boa notícia é que as expectativas do agronegócio continuam positivas para 2021. O MAPA informa que, pela primeira vez, o VBP passará de R$ 1 trilhão. O campo pode contar com a indústria de produtos para defesa vegetal para o desenvolvimento de novas e modernas soluções para controlar e proteger os cultivos contra os implacáveis inimigos invisíveis.
FONTE: ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
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