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Unidades de Conservação evitam turistas, amparam idosos e redobram esforços contra roubo de madeira

Mesmo monitoradas pelas secretarias estaduais do desenvolvimento ambiental e da saúde, as 38 Unidades de Conservação de Rondônia têm fiscalização redobrada no atual período de ataque do novo Coronavírus (COVID-19). Isso se deve à pressão exercida por toreiros e madeireiros, em extração ilegal.

“As áreas sujeitas a invasões totalizam 10% da área do Estado (237,5 mil Km²), e além do nosso pessoal fazemos a vigilância por satélite”, disse o coordenador Denison Trindade.

Em 2018, Rondônia conheceu um recorde: 26,5 mil m³ de madeira em toras apreendidas durante a operação Ágata-Ajuricaba I do Exército Brasileiro e outros órgãos de segurança, o suficiente para lotar 1,2 mil caminhões. As toras estavam guardadas em galpões e as empresas que as comercializavam estavam envolvidas num esquema que fraudava os sistemas eletrônicos federais DOF (Documento de Origem Florestal). A operação lacrou madeireiras.

Em consequência da disseminação do coronavírus, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) emitiu a nota nº 24/2020, referente ao vigoramento do Decreto nº 24.871, de 16 de março, do governador Marcos Rocha, determinando situação de emergência no âmbito da saúde pública do Estado e dispondo sobre medidas temporárias de prevenção ao contágio.

“É justamente isso que também nos preocupa: ao mesmo tempo em que buscamos evitar a derrubada e o roubo de madeiras nobres, e de espécies vegetais, precisamos cuidar dos idosos moradores nessas Unidades, eles são muitos”, explicou Trindade.

Segundo o coordenador, a Sedam explicou às equipes de fiscalização a necessidade de evitar ao máximo o contato com os moradores e impedir visitações turísticas.

Famílias dessa população tradicional da floresta rondoniense trabalham com o cultivo de açaí e de castanha, produção de óleos de andiroba, babaçu, copaíba, roupas e calçados de látex, sabonetes, entre outros objetos artesanais.

As Unidades suspenderam as atividades por 15 dias, e se for necessário, esse prazo poderá ser prorrogado.

Trindade acredita que o contato externo causaria transtornos a pessoas que, aparentemente, estão distantes da circulação do vírus. “Por esse motivo, nos anima a manutenção das políticas públicas voltadas para as Unidades, na expectativa de breve recuperação dessa economia”, considerou. Nesse período de prevenção, a fiscalização e o monitoramento darão prioridade às medidas emergenciais de higiene e assepsia.

 

FONTE: SECOM

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