As bacias do Paraníba, Grande e Tocantins, que são responsáveis por uma parte significativa da capacidade de armazenamento de energia do país, registraram em setembro os piores índices desde 2005
A umidade do solo nas principais bacias hidrográficas do Brasil, essenciais para a geração de energia elétrica, alcançou o nível mais crítico em quase duas décadas. Esse cenário é resultado de anos consecutivos com chuvas abaixo da média histórica, o que pode complicar o reabastecimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas durante o período úmido que se inicia em outubro. As chuvas, inicialmente, precisam restaurar a umidade do solo antes de chegarem aos reservatórios.
As bacias do Paraníba, Grande e Tocantins, que são responsáveis por uma parte significativa da capacidade de armazenamento de energia do país, registraram em setembro os piores índices de umidade do solo desde 2005. Nos últimos dez ciclos hidrológicos, nove apresentaram precipitações inferiores à média de longo prazo, evidenciando uma tendência preocupante para o setor.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está enfrentando desafios para gerenciar o sistema durante os horários de pico de demanda. Como resultado, há um aumento no acionamento de usinas térmicas. Embora os reservatórios estejam com 53% de sua capacidade, a baixa umidade do solo pode levar a um esvaziamento rápido, especialmente se as chuvas continuarem a ser escassas.
As previsões indicam que as primeiras chuvas devem ocorrer no final deste mês, mas de maneira irregular. A atual expectativa de energia natural afluente (ENA) é bastante baixa, o que pode provocar um aumento no preço de liquidação das diferenças (PLD). Isso impactará as bandeiras tarifárias e, por consequência, a inflação. Especialistas têm opiniões divergentes sobre a tendência das bandeiras até o final do ano, com estimativas que variam entre bandeira vermelha e bandeira verde.
FONTE: JOVEM PAN
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