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TV Unir já está no ar e a Marfrig de Chupinguaia/RO exporta para os EUA – Por Silvio Persivo

Em especial os que, apesar de não pensar, pensam que pensam. “Precisamos pensar no fato de que ainda não começamos a pensar” (Martin Heidegger). 

TV UNIR JÁ ESTÁ NO AR 

A TV UNIR já está no ar desde terça-feira, 21, sendo a mais nova emissora de televisão de Rondônia. O canal 35.1, em Porto Velho, retransmite dos canais da TV Brasil graças ao convênio que tornou a TV UNIR uma afiliada da Rede Nacional de Comunicação Pública, RNCP.  Com isto, a UNIR passa a operar a primeira TV universitária totalmente pública no Estado. Segundo a reitora Marcele Pereira,  “Este é um motivo para muita comemoração para a universidade. Este será um canal de contato direto com a sociedade de Rondônia, para diálogos e para mostrar o que a UNIR e várias outras entidades de pesquisa e de ensino que estão produzindo conhecimentos e serviços à nossa população. Certamente todos serão chamados para estar juntos neste processo, afinal é um ganho para Rondônia e para a nossa gente”. Além de transmitir a programação da TV Brasil, a, agora afiliada, TV UNIR produzirá e veiculará programação de conteúdo audiovisual local, a ser inserida na grade diária da emissora nos próximos meses. Já com o sinal liberado em Porto Velho, a transmissão ocorre ainda em fase de testes nas primeiras semanas. 

MARFRIG DE CHUPINGAIA EXPORTA PARA OS EUA 

A Marfrig, a maior produtora global de hambúrgueres e uma das líderes mundiais do mercado de carne bovina, divulgando que realizou, na última semana, o seu primeiro embarque de carne bovina para os Estados Unidos a partir da unidade de Chupinguaia, em Rondônia. Neste primeiro lote, foram exportadas 150 toneladas e os envios ao mercado americano serão feitos diariamente. Com isto, os EUA passam a ser o maior comprador de carne da planta de Chupinguaia, na frente de Irã e Hong Kong.  Chupinguaia é uma das seis unidades da Marfrig habilitadas a exportar para aquele país, depois  de uma auditoria, que constatou o cumprimento dos protocolos sanitários exigidos pelos chineses. As demais plantas habilitadas são Bagé/RS, São Gabriel/RS, Bataguassu/MS, Promissão/SP e Alegrete/RS, que também teve seu primeiro embarque aos Estados Unidos neste mês. Segundo Alisson Navarro, diretor de Exportação da Marfrig, “Esse primeiro embarque vem em momento muito favorável, em que a economia norte-americana recebe fortes estímulos e o mercado local é impulsionado pela alta demanda de carne bovina por parte tanto dos consumidores quanto do food service”. 

SEGUNDO A CNC RECEITA DO SETOR SERVIÇOS AUMENTOU

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aumentou de 5,8% para 6,2% a expectativa de crescimento do volume de receitas dos serviços em 2021. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, o volume mensal de receitas do setor foi o maior desde março de 2016. De acordo com a PMS, esse volume apresentou um crescimento mensal de 1,1% na passagem de junho para julho de 2021 (já descontados os efeitos sazonais), o que veio próximo à expectativa da CNC, que projetava variação de 1,2%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 17,8%.  Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os números positivos são um evidente efeito do avanço da vacinação no País. “A queda do isolamento social, associada à desaceleração no número de casos de contaminação e mortes pelo novo coronavírus, tem viabilizado a retomada dessas atividades, sobretudo os serviços de alojamento e alimentação”.   Os indicadores de monitoramento do Google também apontam a retomada. Segundo os números, a concentração de consumidores em áreas residenciais recuou pelo quarto mês seguido, apresentando uma queda de 4% desde o mês anterior.

IPEA RESSALTA RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO 

Uma boa notícia é a de que o desemprego recuou para 13,7% em junho, último mês do trimestre iniciado em abril. Bem melhor que os 15,1% de março último. Já a taxa de desocupação dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações sazonais do conjunto de dados temporais de junho (13,8%), é a menor apurada desde maio de 2020. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisou o desempenho recente do mercado de trabalho, com base na desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. A pesquisa do Ipea mostrou, ainda, que o crescimento recente das contratações tem ocorrido, principalmente, em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal. Entre eles, estão o da construção, que registrou alta anual da população ocupada em 19,6%, a agricultura (11,8%) e os serviços domésticos (9%). Animador também é que o aumento do emprego no segundo trimestre se espalhou por todos os segmentos da população, se comparado ao mesmo período do ano anterior, mas teve destaque o crescimento da ocupação entre as mulheres (2,2%), jovens (11,8%) e trabalhadores com ensino médio completo (7,0%).

ERROS PONTUAIS COMPLICAM A RETOMADA ECONÔMICA

É verdade que, ao contrário da política econômica petista, o governo Bolsonaro atira para o lado certo em matéria de economia, mas, muitas vezes, como agora, de forma errática. Com o IOF subindo de 1,5% para 2,4%, para operações de crédito feitas por pessoas jurídicas, e de 3% para 4,08%, para pessoas físicas, logo depois, de erroneamente, o Banco Central partir para reajustara a Selic em um ponto percentual – de 5,25% ao ano, para 6,25%, o que já é  uma taxa três vezes superior à de janeiro de 2021, então, temos isto junto com o IPCA-15, mais recente que ficou em 10,05% no acumulado em 12 meses, temos uma combinação muito ruim, de um lado, uma retração do consumo, com o  encarecimento das mercadorias e serviços afugentando os consumidores,  e de outro lado, as empresas, com fluxo de caixa comprometido vão encontrar uma  crédito mais caro como uma saída para a crise da pandemia. É uma combinação que trava o processo de recuperação da economia que já sofre com os problemas políticos. A grande realidade que aumentar a Selic é atender os interesses apenas do setor financeiro (em nada contribui para combater a inflação) e o aumento do IOF só atende aos interesses de caixa do governo sem atenção a uma política econômica de longo prazo. Sob o ponto de vista econômico um passo em falso e sob o ponto de vista político um grande erro, de vez que o governo Bolsonaro precisa de boas perspectivas no setor econômico. E crédito mais elevado, no momento, é um tiro no pé. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense

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