Volta do português contrasta com ausências de “queridinho” de Zidane e Benzema. Yaya Touré reforça os ingleses em busca de ida inédita à decisão contra o Atlético
Muitos idealizam uma decisão espanhola, a revanche para o Atlético de Madrid em Milão dois anos depois do sofrimento em Lisboa. Mas, para isso acontecer, o Real Madrid precisará derrotar o Manchester City, nesta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), no Santiago Bernabéu, seja no tempo normal, prorrogação ou pênaltis. O empate sem gols no jogo de ida dá a vantagem aos ingleses de qualquer igualdade desde que marque um gol. A TV Globo e o GloboEsporte.com transmitem ao vivo – o site faz um pré-jogo a partir das 14h30.
O Real está turbinado pelo retorno de seu melhor jogador. Cristiano Ronaldo ficou fora dos últimos três jogos por conta de uma lesão na coxa direita, mas treinou bem e está recuperado. Seus 47 gols na temporada (16 na Champions, um a menos que o próprio recorde de 2013/14) contribuem para um time que sofreu contra o Real Socidad, sábado, pelo Espanhol – vitória magra graças ao gol de Bale.
Os merengues também não tiveram Benzema em Anoeta e tampouco contarão com o francês nesta quarta, ausente por problemas musculares. Ele encabeça a lista de desfalques ao lado do volante Casemiro, “queridinho” de Zidane, com um edema no quadril.
A importância do brasileiro no sistema de Zidane pode ser ilustrada com números. Dos 12 jogos em que foi titular com o novo treinador, o Real Madrid venceu dez, empatou uma e perdeu outra. Casemiro deu consistência defensiva a um meio-campo que antes contava com Kroos e Modric se revezando entre as funções. Os dois puderam participar mais do ataque após a presença fixa do ex-são-paulino.
Sem ele, Zidane poderá mudar o 4-3-3 para o 4-4-2, com Isco e James entrando no meio, aproveitando também a falta de um substituto com características semelhantes às de Benzema. Kroos, neste caso, seria a peça mais recuada do setor. Lucas Vázquez, escolhido para substituir Cristiano Ronaldo na ida, também é opção, assim como Jesé.
– Casemiro é Casemiro, mas há outros que podem fazer o mesmo. Quer dizer, não o mesmo, mas jogadores que podem fazer o trabalho. A pessoa que estiver no lugar dele terá as mesmas ideias. Se for o Toni, ele terá que defender mais, mas não só ele. Quando não temos a bola todos temos que defender. Não é apenas o meio-campo ou a defesa. E nós teremos que tentar manter a bola, então eles não nos atacarão – disse Zizou.
Com os dois gols sofridos do Atlético para o Bayern, o Real passou a ter sozinho a melhor defesa da Champions – cinco gols em 11 jogos (um a mais que os colchoneros, claro). A resposta pode estar na qualidade de um goleiro como Keylor Navas, ou na ausência de adversários de peso até aqui na caminhada – somente o Paris Saint-Germain, ainda na fase de grupos. Zidane não espera facilidade alguma para quem já sofreu contra o Wolfsburg, atual décimo do Campeonato Alemão, nas quartas de final.
– Será muito, muito, muito difícil. Não será como no nosso último jogo diante do Wolfsburg. Não vamos fazer dois gols em 15 minutos. Vamos sofrer durante 90… ou 120.
City e o sonho da final inédita
O Manchester City também tem mudanças no time. A saída de David Silva é anunciada – o espanhol sofreu uma lesão muscular. Em seu lugar deve entrar o marfinense Yaya Touré, mesmo sem estar 100% depois de um problema na coxa. Assim, De Bruyne ocuparia mais o lado esquerdo de ataque dos Citizens, que já vivem uma experiência inédita nesta fase da Champions.
De Bruyne e Agüero representam a esperança do Manchester City de um bom futebol no Bernabéu (Foto: Getty Images)
– Temos a oportunidade de fazer história neste clube, mas temos de jogar bem. Tentamos pressionar e roubar a bola em Manchester, mas não foi um bom dia nosso. Agora precisamos de posse de bola e atacar desde o primeiro minuto – afirmou o técnico Manuel Pellegrini.
Fazer gol é uma missão para Sergio Agüero. O argentino tem 28 em toda a temporada, mas apenas dois marcados na Liga dos Campeões. Sua última finalização na meta adversária aconteceu ainda nas oitavas de final – neste meio tempo, perdeu um pênalti contra o PSG, nas quartas.
– Os grandes jogos são decididos pelos melhores – avisou Pellegrini, à espera de que a estrela do argentino brilhe mais que a do português.
Prováveis escalações:
Real Madrid: Navas, Carvajal, Ramos, Pepe e Marcelo; Modric, Kroos e Isco; Bale, Jesé (Lucas Vázques ou James Rodríguez) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Zinedine Zidane.
Manchester City: Hart, Sagna, Otamendi, Kompany e Clichy; Fernando e Fernandinho; Navas, Yaya Touré e De Bruyne; Agüero. Técnico: Manuel Pellegrini.
Fonte: globoesporte
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