Para ver de perto qual a satisfação da população de Porto Velho com o novo serviço no transporte coletivo a reportagem do Rondoniaovivo.com foi andar de ônibus, ouvir usuários e enfrentar todas as situações a que está sujeito quem recorre ao transporte público.
A maioria dos usuários ouvidos pela reportagem reprovou o novo serviço e colocou a superlotação dos carros e o tempo de espera nas paradas como os principais problemas.
1º ÔNIBUS, UNIÃO DA VITÓRIA
O primeiro embarque da reportagem foi no ônibus da linha União da Vitória (sentido bairro). O carro estava relativamente vazio e a dupla (motorista e cobrador) não era oriunda do antigo sistema.
O carro estava limpo com lugares de sobra, mas as cadeiras foram logo sendo ocupadas a medida que o ônibus avançava em direção ao centro. Nele, conversamos com o aposentado Nelson Costa Pereira, que reprovou o novo serviço.
“Trocaram seis por meia dúzia. Pra mim não melhorou; passei quase uma hora na parada. Eu esperava que fossem colocar mais ônibus, mas parece que tem é menos”, disse o aposentado, insatisfeito.
2º ÔNIBUS, INTERBAIRROS
Neste carro, o trajeto foi curtíssimo. O embarque aconteceu na avenida Farquar até a 7 de Setembro com Rua Campo Sales. O veículo estava superlotado porque havia socorrido passageiros da linha Nacional, que havia quebrado em frente à praça Aluízio Ferreira.
José Pereira Gonçalves, que estava no carro, também se disse insatisfeito com o novo consórcio.
3º ÔNIBUS GUAJARÁ, SUPERLOTADO E NÃO HOUVE COMO EMBARCAR
Foram 39 minutos de espera até chegar um ônibus da linha 04 de Janeiro. Dezenas de usuários se acotovelavam na porta para embarcar. Com tanta gente querendo subir, o jeito foi esperar outro coletivo.
O carro seguinte chegou praticamente vazio. Uma motorista conduzia o veículo e educadamente cumprimentava os usuários quando subiam. O trecho percorrido foi até a Rua Marechal Deodoro com Dom Pedro II.
4º ÔNIBUS, IDOSOS AMONTOADOS E MUSICA “GRINGA”
No último ônibus em que a reportagem embarcou, dois fatos chamaram a atenção. Nove idosos disputavam espaço na parte da frente por onde ocorre o embarque. Sem o cartão da gratuidade, eles não foram autorizados pelo motorista a subirem pela porta traseira e se acomodarem. Os “velhinhos” foram obrigados a seguirem viagem em pé em um espaço muito pequeno se colocando ao perigo.
- Quando a viagem se aproximava do final, uma dupla de cantores da Venezuela subiu no coletivo. Eles pediram licença para cantar uma canção latina americana e a música foi aprovada pela maioria. Para quem enfrentou tantos problemas no transporte coletivo apenas em uma manhã, qualquer música serviria para distrair.
Fonte: PainelPolitico
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