Prefeito de Ouro Preto adota cartilha populista e parte para resgate de imagem, desgastada com prisão e afastamento do cargo em 2014
Não vai melhorar
Quem está aguardando grandes mudanças na economia do país para os próximos cinco anos, pode esquecer. Se, tivermos retomada, será lenta. O Plano de Aceleração do Crescimento proposto por Lula, agora se sabe, foi feito para dar dinheiro as grandes construtoras do país, que fizeram gordas doações aos partidos e nisso aí não escapa ninguém, praticamente todas as legendas com representatividade no Congresso meteu a mão nessa cumbuca. Pior que foram lançadas novas fases do programa e nenhuma delas foi concluída em sua integralidade. Os programas serviram para, em primeiro momento, gerar empregos para milhares de trabalhadores sem qualificação, peão para construção civil. Mas as obras acabaram e agora esses homens e mulheres estão sobrevivendo de bicos e programas sociais.
A Espanha
Passou por processo similar no final dos anos 90 e início dessa década. Centenas de obras públicas foram feitas, o que levou a uma migração em massa, incluindo brasileiros. Acabadas as obras (lá eles terminaram todas), a grande maioria voltou para seus países e os que ficaram tiveram que se qualificar para permanecer trabalhando. Após a conclusão dos trabalhos, a Espanha passou por uma breve ressaca mas se recuperou. Por aqui a coisa não vai ser tão simples. Além dos problemas internos, o preço das commodities desabou, nos deixando em uma situação ainda mais complicada. Mas com um agravante, na Espanha as obras foram concluídas, por aqui ficaram pela metade.
Em Porto Velho
Capital de Rondônia um projeto simples de construções de um elevado e dois viadutos pequenos transformou a rotina dos mais de 369 mil habitantes há quase 6 anos. As obras, previstas no PAC 1, deveriam ter sido concluídas em 2 anos, mas as construtoras responsáveis erraram do projeto a execução. Como resultado, escombros mal acabados se transformaram em painéis com pichações e colação de cartazes de mau gosto. O trânsito, confuso, lembra as cidades da Bolívia. As duas usinas hidrelétricas construídas também no PAC, estão com cronogramas atrasados e sob suspeita de terem cometidos graves crimes ambientais que o governo federal fez questão de esconder. A cidade tem apenas 2,7% de esgoto captado, o que a deixa como a pior entre as 100 cidades brasileiras.
Balanço do PAC 2015
Revela que o programa está atrasado em praticamente todo o país e com a operação Lava Jato em andamento que enquadrou as maiores construtoras do Brasil, a situação deve se complicar ainda mais. Obras como a transposição do São Francisco, reformas de aeroportos, saneamento e outras se arrastam sem previsão de término. No Norte do país a situação é ainda mais grave. Apesar de ter a garantia de estarem no orçamento, o governo federal conta com aumento de impostos e a aprovação da CPMF para poder dar continuidade a empreendimentos como as obras de esgoto em Porto Velho, a ferrovia Mato Grosso/Rondônia e outras. As perspectivas mais otimistas falam em início de recuperação no segundo semestre de 2017 e os mais realistas após as eleições de 2018, que é o mais provável. Analistas econômicos descartam qualquer melhoria agora em 2016, ano que eles já consideram perdido.
Para completar
Nesta quarta-feira a agência de riscos Standard & Poor’s. O rating, que é usado como referência para os investidores estrangeiros aplicarem recursos no Brasil, foi cortado em um nível, passando de BB+ para BB, com perspectiva negativa. O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A S&P foi a primeira agência entre as maiores a tirar o grau de investimento do Brasil. O país também perdeu o grau de investimento pela agência Fitch, que em dezembro cortou a nota do país pela segunda vez em dois meses: de BBB- para BB+, o primeiro degrau do que é considerado grau especulativo. Os ratings positivos do Brasil haviam sido conquistados em 2008.
No Acre
A Azul Linhas Aéreas vai desativar o único voo que tem entre Rio Branco e Porto Velho, capital de Rondônia. A medida será adotada a partir de 4 de abril, quando ela também reduz voos nos demais estados. O maior corte até agora é em Minas Gerais, no aeroporto da Pampulha onde a Azul é responsável por 60% dos voos. A companhia informou que as medidas se devem a difícil situação econômica pela qual passa o país.
No Maranhão
Para economizar, o jornal Estado do Maranhão, da família Sarney vai suprimir a edição de sábado, que circulará junto com a de domingo. A medida é para cortar gastos. O jornal já reduziu a quantidade de páginas, demitiu funcionários e passa por reformas estruturais. Parece que os tempos das vacas gordas dos Sarney estão finalmente acabando.
No STF
Foram tomadas duas decisões na sessão desta quarta-feira, a primeira que trata da admissibilidade da prisão após decisão de segunda instância, ou seja, o sujeito pode até recorrer a instâncias superiores, mas preso. A segunda que prevê multa para agravos meramente protelatórios. O STF deveria aplicar multa a si próprio, porque é campeão em medidas protelatórias. Por lá, até publicar no Diário da Justiça é difícil. A primeira decisão prejudica a turma da Lava Jato, que, pelo jeito, deve continuar presa.
Não falo é nada
O prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni adotou a cartilha do populismo e anda fazendo de tudo para tentar apagar da mente dos rondonienses o complicado final de 2014 que ele teve, após ter sido preso na Operação Ludus. Após ficar 2015 inteiro quietinho, agora anda até lavando varanda de hospital. Como brasileiro tem memória curta, é bem capaz dele querer alçar voos na vida pública, aquela que ele jurou que não voltaria jamais.
Tudo parado
Em Pimenta Bueno o prefeito Jean Mendonça deveria dar palestras para ensinar como não se deve administrar um município. Ele, que fez a maior confusão por causa de um mamógrafo conseguido pela vereadora Scheilla Cassol ainda em 2014, não deu conta de instalar o equipamento, que faz uma falta enorme na cidade. Também está sendo alvo de investigação por parte do Ministério Público por contratar irregularmente servidores para Agência Reguladora de Saneamento Básico do município. Para completar, ele solicitou (e conseguiu) recursos para aditivar a obra de um centro social que já estava concluído.
E pior
O prefeito não está dando conta de realizar licitações de recursos que já estão disponíveis, obtidos através de emendas parlamentares. Empresas prejudicadas pela buraqueira do centro comercial, estão tapando buracos por conta própria e já consideram a cidade “sem prefeito”. A única obra feita em sua gestão, a reforma da praça da cidade, foi executada pela CDL e Eletrobrás e está abandonada. Os banheiros viraram ponto de usuários de drogas e a população evita o local no período noturno. E você aí, achando que é só Nazif que é ruim…
Clínica Mais Saúde informa – Poluição contribui para aumento do número de casos de AVC
Pela primeira vez, cientistas estabeleceram uma correlação entre o aumento da quantidade de pessoas com acidente vascular cerebral (AVC) e a alta dos níveis de poluição. De acordo com uma pesquisa apresentada pela Associação Americana de AVC, a baixa qualidade do ar e as mudanças climáticas em geral estão aumentando o índice de doenças cardiovasculares. O estudo foi baseado em dados da China e dos Estados Unidos, “os dois países que mais emitem gases de efeito estufa e que são responsáveis por cerca de um terço do aquecimento global até o momento”, justifica o principal autor, Longjian Liu, que apresentou o documento na Conferência Internacional de AVC 2016. A equipe de pesquisadores também descobriu que a temperatura teve um impacto na qualidade do ar e no risco de AVC. — As variações sazonais na qualidade do ar podem ser parcialmente atribuídas às mudanças climáticas — diz Liu, que é professor de epidemiologia e bioestatística na Universidade Drexel na Filadélfia (EUA). — No verão, há muitos dias chuvosos e com vento, o que pode ajudar a dispersar a poluição do ar. As altas temperaturas criam um estresse térmico crítico que pode levar a um aumento do risco de acidente vascular cerebral e até mesmo outras doenças e mortes causadas pelo calor e pela qualidade do ar. O cientista ressalta, ainda, que pacientes com AVC podem sofrer de outras doenças por causa da variação de temperaturas. O AVC é a quinta principal causa de morte nos Estados Unidos, matando 129 mil pessoas a cada ano, e é uma das principais causas de deficiência. Em todo o mundo, a prevalência de acidente vascular cerebral é de 33 milhões. No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente, segundo o Ministério da Saúde. A doença representa a primeira causa de morte e incapacidade no país, o que gera grande impacto econômico e social.
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