É a economia, meu amigo. “Se poucos têm muito e muitos têm pouco, a economia não gira, porque a injustiça faz mal à economia” (Pierlinge Bernani).
O ATOLEIRO DO GOVERNO
O dado é oficial do IBGE: alcançou o patamar de 9,1 milhões de pessoas os desempregados do Brasil, um aumento de 41,5% em relação ao mesmo período de 2014. Em resumo: são dois milhões, seiscentos e setenta e seis mil pessoas que ficaram desempregadas em menos de um ano. Mas, o que é ruim fica pior com uma inflação alta, que, em 2015, atingiu 10,67%. E o rebaixamento pelas principais agências de classificação de risco, tirando do país o “selo de bom pagador”, por conta da fraqueza econômica e perspectivas ruins, completam um quadro pouco alentador, mas, o pior ainda é que a crise política continua, com seu séquito de escândalos de corrupção, reduzindo as possibilidades de investimentos e de crescimento. Com uma Zika no meio. Não adianta o governo falar em nova matriz econômica, ainda mais com a volta da CPMF. Não há credibilidade e sem credibilidade todo discurso é vazio. Sem credibilidade os investimentos não voltam.
ENSINO A DISTÂNCIA PRETENDE DIMINUIR EVASÃO
Neste mês de março, o ensino a distância para o Estado de Rondônia, projeto conjunto da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro), começou a ser realizado no Campus Norte, na avenida Jorge Teixeira de Oliveira, bairro Industrial, em Porto Velho. As aulas são dirigidas para alunos do primeiro ano do Ensino Médio em 179 polos, alguns distantes até 800 quilômetros de Porto Velho. Segundo a secretária de Educação, Fátima Gavioli, o investimento soma R$ 17,5 milhões divididos em três fases. Em 2016 serão aplicados R$ 3 milhões; em 2017, R$ 5,6 milhões; e em 2018, na conclusão do projeto, R$ 8,8 milhões. Da população de 1,76 milhão de habitantes distribuídos por 237,5 mil quilômetros quadrados, 9,2% ainda são analfabetos. Alunos de áreas isoladas que não têm condições de prosseguir os estudos se beneficiarão do projeto e a Seduc espera reduzir a evasão escolar no estado, a exemplo do que ocorreu no Amazonas.
MPF/RO DENUNCIA MORTE DE PEIXES
O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) denunciou a Santo Antônio Energia S/A (SAE) pela mortandade de peixes durante a abertura da “comporta do vertedouro complementar” da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho. Faz parte da denúncia um parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), segundo o qual, no dia 21 de abril de 2012, a SAE abriu a comporta do vertedouro complementar para diminuir a vazão do Rio Madeira e, assim, manter o nível do reservatório, mas, à medida que a água escoava, os peixes morreram por asfixia e desidratação. Segundo a SAE informou ao Ibama, suas equipes constataram a morte de 118 peixes, dentre piramutabas, filhotes, pintadinhos, surubins e outros de espécies nativas da, totalizando uma biomassa de 164 quilogramas, mas, na denúncia, o MPF/RO ressalta que os números apresentados são apenas uma estimativa do dano ambiental. A denúncia será analisada pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Rondônia, em Porto Velho. A nota é da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal em Rondônia.
EMPREENDEDORISMO FORÇADO
A pesquisa GEM – Global Entrepreneurship Monitor 2015 revela que a crise econômica no país aumentou o número de pessoas que abrem seus negócios por necessidade. Ou seja, o brasileiro está empreendendo mais por falta de emprego e renda, apesar de 2014 para 2015, o sonho do brasileiro de abrir seu próprio negócio passou de terceiro para quarto, atrás de viagens pelo país, casa própria e compra do carro. A Pesquisa GEM 2015 mostra o nível de empreendimentos novos, na frente de países como EUA e China, o que faz de 4 em cada 10 brasileiros empreendedores por falta de alternativas de renda. Porém, são empreendimentos sem inovação, semelhantes aos que existem e sem informação estratégica sobre o mercado, daí a alta a taxa de mortalidade das empresas em 4 anos seja de quase 50%, segundo pesquisa do IBGE.
INFRAESTRUTURA ATRAPALHA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA
Segundo o relatório ‘Desafios para a Integração Logística na América do Sul’, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a precariedade da malha de transporte nacional compromete o potencial de exportação do Brasil com nove de seus 11 parceiros comerciais na América do Sul. Por ano, cerca de US$ 1,5 bilhão em produtos manufaturados, como carros, têxteis e alimentos, deixa de entrar na conta de comércio com os países vizinhos por causa das péssimas condições de infraestrutura, seja em rodovias, portos ou ferrovias. Assim grande parte do potencial exportador do Brasil, em especial na região Norte, tem sido frustrado pelas dificuldades de transporte. O cenário levou em conta a distância em relação a cada país sul-americano, o volume de produtos escoados por cada modal de transporte e o tamanho de seus mercados. Os dados mostram que as exportações para a Argentina, o principal parceiro comercial do Brasil na região, têm hoje um desempenho 7% inferior à sua real capacidade por conta das rotas deterioradas de acesso entre os dois países. No Peru e na Colômbia, essa frustração é de 5% do potencial pleno. A lista segue com Venezuela (4%), Chile (3%), Suriname (2%), Guiana, Paraguai e Uruguai, estes três últimos com restrição de 1% em seus desembarques potenciais. Apenas Bolívia e Equador não apresentaram alterações. Para Matheus Castro, especialista em política e indústria da CNI, “É um cenário preocupante e que ainda não foi efetivamente atacado pelo governo. Priorizar projetos de infraestrutura para essa região é vital. Os países sul-americanos se tornam o destino de 16% das exportações brasileiras. Isso exige um tratamento mais pragmático e menos político”.
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