O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira que o governo federal repasse ao Ministério Público Federal (MPF) os nomes das mais de 620 mil pessoas que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 pagos para pessoas de baixa renda e trabalhadores informais. O repasse vai permitir que essas pessoas possam ser responsabilizadas nas esferas cível ou criminal.
Técnicos do TCU detectaram que mais de 620 mil pessoas em todo o Brasil receberam o benefício de forma indevida. No domingo, o programa Fantástico mostrou casos como o da gaúcha Ana Paula Brocco, que recebeu o benefício apesar de, em suas redes sócias, posar em fotos tiradas fora do país e estar de casamento marcado no Caribe.
A decisão atendeu a uma recomendação do ministro do TCU, Bruno Dantas.
A equipe do TCU estima que, se os pagamentos irregulares não foram interrompidos, o governo poderá ter um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão com o pagamento das próximas parcelas do benefício. O prejuízo pode ser ainda maior por conta da prorrogação do benefício anunciada na terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.
O levantamento feito pela equipe técnica do TCU também encontrou políticos, empresários e pessoas com renda incompatível com os critérios determinados pelo governo federal para a concessão do auxílio, que é destinado a pessoas que tiveram suas rendas prejudicadas pela crise causada pelo novo coronavírus.
FONTE: EXTRA
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