COMEMORAÇÃO – Percebi que alguns membros do Governo Estadual reagiram fortemente contra aqueles que ousaram avaliar os primeiros cem dias da administração do coronel-governador. São milicianos virtuais que tentam desqualificar os profissionais da imprensa por não tecerem as loas que tanto mendigam. Mas não há nenhum feito governamental a ser comemorado. Uma obra iniciada, uma decisão política que tenha melhorado a vida dos rondonienses, uma mísera notícia de que os barnabés terão algum aumento. Nada!
NEGOCIAÇÕES – Nos debates de campanha o coronel se regozijava em ser amigo de academia militar (embora nunca tenham sido), amigo pessoal ao ponto de resolver as pendengas de Rondônia com um simples papo ao pé do ouvido. Assim falou em relação à dívida do Beron que ceifa uma boa fatia das riquezas estaduais, da Ceron, Caerd, entre outras. Prometeu também transformar os municípios num canteiro de obras através de convênios com o batalhão militar de engenharia. Poderíamos alegar que é cedo para cumprir as promessas, o que é verdade, o problema é que não há uma ação concreta do executivo em andamento visando alcançar tais metas.
TOLERÂNCIA – Todo governo que entra põe a culpa das mazelas e da inércia aos governos que saíram. Parece mantra. O problema é que o eleitor ao escolher o novo governo manda um recado direto que não está satisfeito com o velho. O faz por perceber que as ações governamentais estão ruins e opta por aquele que promete melhorar tais ações. O eleitor é, até certo ponto, tolerante e concede tradicionalmente cem dias para que o novo governante mostre serviço.
BRANCALEONE – Na política, quando o líder frustra, o governo envelhece tão rapidamente que é perceptível até pelos auxiliares. Em tempos de mídias sociais, com a informação digital, restam as milícias digitais tentarem evitar um estrago maior. Nem sempre dá certo. Portanto, cem dias são suficientes para avaliar as potencialidades de quem governa. O problema é quando se conclui que o “líder” está perdido e não consegue liderar nem um exército brancaleone, o que parece ser o caso do mandatário rondoniense.
VICE – Quem anda entrando em bola dividida na vida pública e supostamente ameaçando seus concorrentes na atividade privada é o vice-governador José Jordan. Segundo o deputado estadual Laerte Gomes, presidente do Legislativo, Jordan tem ameaçado utilizar as estruturas de estado contra os plantadores de café, concorrentes do vice na atividade privada. Uma denúncia extremamente grave, pois não há na literatura policial de Rondônia uma autoridade utilizando das ferramentas de governo, de forma sorrateira, rasteira e ilegal, contra empresas de concorrentes. Sendo verdade, o vice estará sujeito à defenestração do cargo por ato do Poder Legislativo, além das ações penais e civis.
PERVERSO – Antes de virar vice-governador na onda de Bolsonaro, José Jordan nunca havia ocupado um cargo público através das urnas. Nas eleições que disputou anteriormente não obteve sucesso. Embora novíssimo na arte de governar, o vice optou pela via mais perversa e mais abominável para exercer o cargo público. Isto, caso as denúncias do parlamentar sejam comprovadas.
ASSOMBRAÇÃO – Quem apareceu nos bastidores querendo arrumar uma vaga para um familiar nas tetas da prefeitura da capital foi o inesquecível Francisco de Assis, cunhado de Confúcio Moura. Em conversa com tucanos de alta plumagem, o cunhado do senador emedebista sugeriu que o prefeito convoque para a equipe uma parente. A sugestão foi recebida como uma gozação por quem ouviu. No crepúsculo rondoniense, Assis é considerado uma assombração por agir nas sombras.
PREVIDÊNCIA – À medida que a população vai compreendendo as propostas da equipe econômica para a reforma da previdência que retira do servidor público a possibilidade de uma aposentaria menos indigna, a popularidade do governo cai. Seja de direita, seja de esquerda. A justificativa de que vai faltar dinheiro no futuro para que o governo quite as aposentarias e pensões não se sustenta. E o motivo é óbvio: a prevalecer esta proposta o futuro não existe, visto que o servidor estará fadado a morrer antes de recebê-la.
COINCIDÊNCIA – O primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, vinha liderando todas as pesquisas eleitorais para se reeleger. Mas, após receber o presidente do Brasil e repetir bandeiras de intolerância, o premiê candidato despencou nas pesquisas e disputa voto a voto contra o adversário Benny Gantz. A queda e a votação israelita coincidiram com a divulgação da queda da popularidade do presidente brasileiro, divulgada anteontem pelo DataFolha.
CORAÇÃO – A saúde do prefeito Hildon Chaves, da capital, está merecendo cuidados e tem o obrigado a ficar no estaleiro para repousar depois de uma complicadíssima intervenção médica. O coração e o pulmão do alcaide estão dando sinais de fadiga, mas os exames na hora certa salvaram o prefeito de algo bem pior. Hildon convalesce acompanhando as movimentações políticas.
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