A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA PARA A ECONOMIA DO ESTADO DE RONDÔNIA DA SOCIEDADE DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – SOPH RETOMAR AS OPERAÇÕES DO TERMINAL GRANELEIRO DO PORTO ORGANIZADO DE PORTO VELHO.
Nos últimos anos, Rondônia vem se notabilizando como a fronteira agrícola a ser rompida.
Assim como foram em outras décadas os Estados do Paraná, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, apenas para citar alguns, em Rondônia cresce vertiginosamente o plantio de grãos em novas lavouras, principalmente soja e milho.
Pela localização geográfica do Estado, a produção local tem forçosamente como destino o mercado internacional, posto que encontra-se facilidade de escoamento da produção através da Hidrovia do Rio Madeira, por onde barcaças transportam milhões de toneladas rumo ao transbordo para navios que são carregados em Itacoatiara ou Santarém.
Com a opção do transporte aquaviário pelo Rio Madeira, parte do denominado Arco Norte, não há necessidade de transportar via rodoviária para os portos do Sul ou Sudeste, o que tornaria inviável a produção para o mercado internacional.
Todavia, importante terminal de embarque de grãos localizado nas dependências do porto Organizado de Porto Velho encontra-se em operação exclusiva por empresa que detém terminal próprio em outro local, utilizando o terminal público abaixo de sua capacidade.
Essa prática tem inibido que outras empresas que atuam no segmento de comercialização de grãos e transporte entrem no mercado rondoniense, mesmo tendo grande capacidade econômica, pois não possuem instalação portuária própria e não conseguem espaço no terminal público, que é subutilizado.
Nenhuma dúvida temos que, desde o momento em que novas tradings viessem a operar no mercado de grãos em Rondônia, haveria uma salutar competitividade no setor, o que certamente traria ganhos para os produtores e para a economia local.
Para que essa realidade se concretize é de extrema importância que a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia – SOPH retome as operações do terminal graneleiro do Porto Público de Porto Velho, até mesmo em razão de que o contrato de exploração daquele terminal, firmado anteriormente, encontra-se vencido, com valores abaixo e fora da realidade se comparado com os preços praticados em outros portos, e sendo utilizado abaixo da sua capacidade, o que em última análise também acarreta perda de faturamento para a Autoridade Portuária, que fica refém dessa situação.
Autor: Raimundo Holanda Cavalcante Filho- presidente da FENAVEGA
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