Os servidores da Justiça Federal de Rondônia começaram hoje, 22 de junho, o primeiro dia de greve nacional. Eles estão reunidos na frente do edifício-sede em conversas informais e em permanente contato com o Comando de Greve do Sindicato. A adesão vem crescendo passo a passo e a expectativa é de que o movimento paredista, aprovado na Assembleia Geral da semana passada, cresça substancialmente durante toda esta semana. O Plano de Cargos e Salários dos servidores está parado no senado, esperando uma deliberação política das partes envolvidas no processo: a presidência do Supremo Tribunal Federal, os senadores, o governo federal e os sindicatos representantes dos servidores.
Em nota oficial, os magistrados da Seção Judiciária de Rondônia reafirmaram o compromisso pelo respeito ao exercício do direito constitucional de greve, no âmbito da Justiça Federal regulamentado pelas disposições da Resolução n. CF-RES-2012/00188, de 10 de fevereiro de 2012, do Conselho da Justiça Federal.
A greve se instalou nas 25 seções judiciárias dos 27 estados da federação. Até o momento o governo Dilma não apresentou uma proposta substitutiva à que se encontra em tramitação no Senado Federal. Enquanto os articuladores se movimentam em Brasília, tentando chegar a uma pauta de consenso, a greve dos servidores do Poder Judiciário ganha força e tende a travar o funcionamento da máquina judiciária na maioria esmagadora dos estados brasileiros.
Os líderes comentam que o presidente do STF está fazendo a parte dele, e cabe aos servidores assumirem o compromisso com a luta pelos seus direitos, fazendo a sua. “A bandeira, dizem eles, é do Poder Judiciário como um todo; o ministro Lewandowski sozinho não vai conseguir emplacar a aprovação do nosso reajuste, precisamos fazer a nossa parte, movimentando nossas bases e parando a máquina judiciária, em protesto pela omissão do Senado da República, que agora não se pronunciou a respeito da nossa recomposição salarial” – ressaltam eles.
Amanhã haverá manifestação dos servidores no Centro Político Administrativo do Estado. Além dos pronunciamentos do líderes do movimento, os servidores aguardam a manifestação do juiz federal Herculano Martins Nacif, cuja voz de indignação, manifestada em nota, já ecoa em vários estados da federação.
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