Com Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Coritiba e Guarani (que juntos somam 12 títulos nacionais), campeonato promete fortes emoções
O pontapé inicial para a Série B do Campeonato Brasileiro será dado nesta sexta-feira (28). Neste ano, os rebaixados Vasco, Coritiba e Botafogo se juntam a Cruzeiro e Guarani — que não conseguiram o acesso — e formam um campeonato com número recorde de clubes que já foram campeões na elite do futebol nacional.
São cinco campeões brasileiros que estarão, em 2021, na segunda divisão. Ao todo, os times tem 12 conquistas nacionais. Vasco (1974, 1989, 1997 e 2000) e Cruzeiro (1966 , 2003, 2013 e 2014) são tetracampeões brasileiro, o Botafogo é bicampeão (1968 e 1995), e Coritiba (1985) e Guarani (1978) tem um título cada.
Mas, além das dificuldades que terão entre si, os campeões brasileiros também competem com equipes dispostas a atrapalhar o caminho dos clubes considerados grandes. É o caso de CSA e Sampaio Corrêa, que no ano passado disputaram ponto a ponto uma vaga de acesso a primeira divisão, mas não conseguiram. Ambas as equipes tem projetos esportivos ambiciosos e prometem muita dor de cabeça nesta temporada.
Fora desse bloco, não se pode deixar de mencionar as equipes trampolim, que convivem com queda e acesso ano após ano. Apesar de por vezes decepcionar na Série A, times como Ponte Preta, Avaí, Vitória e Goiás são obstáculos que não devem ser subestimados na dura caminhada de volta a elite do futebol nacional.
O Cruzeiro é o exemplo perfeito deste cenário que é mais desafiador do que parece. Apesar de ter perdido pontos na tabela por conta de punições da Fifa, o time mineiro fez uma campanha abaixo em 2020 e, mesmo com retornos de medalhões, como Rafael Sóbis e Marcelo Moreno, não conseguiu o acesso e terminou em 11º colocado.
A Raposa viu um rival, o América-MG, ser vice-campeão, e outras equipes como Juventude, Chapecoense e Cuiabá subindo de divisão. Nenhum desses times tem metade da história de Vasco, Botafogo, Cruzeiro, etc, mas são equipes estruturadas, que atingiram um nível acima do esperado também pela organização que vem de fora dos gramados.
Em 2021, além da história e peso da camisa, as equipes consideradas grandes, terão que mostrar evolução em diversos outros aspectos para conseguir o acesso. Dívidas controladas, salários em dia e projeto esportivo bem definido, são essencias no futebol dos dias atuais. Especialmente pela fragilização econômica que a pandemia trouxe aos clubes brasileiros.
É tempo de se repensar estratégias para não perder o bonde. A engrenagem esmagadora do futebol gira apenas para frente, e quem não se adequa a suas exigências não fica para trás, é esmagado por ela.
FONTE: R7.COM
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