Foram doados dois mil jalecos e mil sapatilhas que serão distribuídos aos servidores da saúde
Profissionais da saúde em Porto Velho, que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus, ganharam um importante reforço que vai garantir mais segurança no trabalho dentro das unidades. É que a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) recebeu, na segunda-feira (13), a doação de dois mil jalecos e mil sapatilhas, confeccionadas por costureiras voluntárias, numa parceria entre prefeitura de Porto Velho, Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
O recurso para a produção dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) foi angariado pelo Projeto Costurando Saúde, que contou com a doação do MPT e também de profissionais da saúde. O projeto foi elaborado pela diretora clínica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul, Neila Zaffaro, e pelas artesãs Kelia Regina e Nathanaeli Macedo.
Cerca de dez mil metros de tecido tipo tnt, gramatura entre 50 e 100, foram adquiridos para a confecção das peças. Mais de 50 voluntárias atuaram no projeto, a maioria costureiras que trabalharam em casa, na confecção das peças. Em 15 dias, foram produzidos dois mil jalecos e com os retalhos outras mil sapatilhas. Além disso, a sobra de tecido ainda será doada aos presídios para produção de máscaras para apenados e polícia penal.
Cada ente público deu sua parcela de contribuição para a execução desta ação. A prefeitura, através da Semusa, apresentou o projeto. A iniciativa foi financiada pelo Ministério Público do Trabalho, com recursos levantados através de indenização de dano moral coletivo que são implementados na proteção dos trabalhadores.
“Neste momento em que os profissionais de saúde estão na linha de frente no combate à pandemia, temos priorizado a destinação desses recursos para esse tipo de ação”, explicou a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho, Camila Holanda.
Ao Ministério Público, coube a função de ser o interlocutor entre os entes para fazer o projeto acontecer. “A pandemia trouxe uma necessidade grande de proteção e quem mais sofre são os profissionais da saúde. Vendo essa situação da dificuldade na aquisição de EPI, em falta no mundo inteiro, os entes públicos juntaram forças para colaboração mútua”, entende a promotora de Justiça, Emilia Oiye.
A secretária adjunta da Semusa, Marilene Penati, agradeceu a parceria dos entes públicos e, principalmente, dos voluntários que trabalharam incansavelmente para a entrega dos equipamentos num curto espaço de tempo. “Qualquer agradecimento vai ser pouco diante da gratidão que de fato existe embutida neste trabalho. Estamos lidando com um inimigo invisível com poder devastador. Precisamos unir forças, nos preocupar com a gente e com o próximo também. Estamos muito felizes de ver essa união de esforços em prol do bem coletivo”.
FONTE: CONDECOM
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