Cidades

Semusa alerta sobre acidentes com animais peçonhentos nas áreas alagadas

Em época de enchente, o risco de acidentes com animais peçonhentos cresce. Picadas de cobras, escorpiões e aranhas podem acontecer, principalmente porque esses animais procuram abrigo em locais secos e podem invadir as residências e suas proximidades.

Até o momento, segundo dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (DVEA / Semusa), foram notificados no município de Porto Velho, no período da enchente, 23 ataques. Desses, 20 foram de cobras, 2 de aranhas e 1 de escorpião. Todos os casos foram devidamente tratados nas Unidades de Pronto Atendimento do município e Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), que funciona como terminal principal para o tratamento das picadas por esses animais.

De acordo com o Coordenador de Animais Peçonhentos da Semusa, José Santos, a região amazônica naturalmente tem alta incidência de acidentes com esses animais. Por isso, com a enchente do Rio Madeira os riscos aumentam consideravelmente e os cuidados devem ser redobrados para evitar ocorrências desse tipo.

A Semusa dispõe de profissionais que trabalham com educação em saúde diariamente e alertam as populações nas áreas afetadas e abrigos sobre os cuidados necessários para evitar os acidentes. Entre as principais recomendações para evitar picadas estão:

– Ao ser surpreendido por algum animal peçonhento, afastar-se e evitar assustar ou tocar no animal mesmo que pareça morto, e ligar para Defesa Civil (69) 3901 3020 ou Corpo de Bombeiros (69) 3216 8959;

– Nunca colocar as mãos desprotegidas em buracos, tocas ou frestas. Deve-se usar ferramentas como enxada, pá, cabo de vassoura ou pedaços compridos de madeira ou galhos;

– Evitar entrar na água, pois serpentes podem estar nadando na superfície em busca de terra seca;

– Bater bem colchões antes de usar, sacudir cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas, meias e lençóis.

Caso o acidente já tenha acontecido:

– Lavar bem a lesão com água, evitando o contato com o sangue;

– Retirar anéis, pulseiras, cinto, sapatos ou outros objetos apertados que impeçam a circulação do sangue;

– Manter a vítima calma e deitada com o membro atingido mais elevado que o restante do corpo;

– Manter a vítima hidratada, dando a ela pequenos goles de água;

– Procurar socorro imediato pois o tratamento é feito com soro antiofídico e quanto menor o tempo de espera, maiores são as chances de recuperação – SAMU 192;

– Informar ao socorrista as características do animal que causou a picada, como tipo, cor e tamanho.

O que não se deve fazer:

– Não chupar, perfurar ou colocar sobre a picada materiais como alho, gasolina, ovo, borra de café, urina, fezes ou qualquer outra coisa;

– Não amarrar ou fazer torniquete;

– Não dar à vítima álcool, leite, bebidas alcoólicas ou querosene.

Texto e fotos: Collien Rodrigo

 

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