Esporte

Sem se esconder, Oscar faz 23 anos e quer festa contra o Equador

“Parabéns a você, nesta data querida…”. Oscar comemora 23 anos nesta terça-feira, 9 de setembro. A comemoração está marcada para as 22h (de Brasília) e vai acontecer no MetLife, estádio de Nova Jersey, nos Estados Unidos. Entre os convidados, torcedores, companheiros brasileiros e até adversários equatorianos que sonham estragar a festa. 

O presente? O meia quer a vitória, é claro, mas celebrar o aniversário na seleção brasileira já é um triunfo para quem, há sete anos, soprou velinhas escondido à espera do primeiro contrato de jogador profissional.

Oscar jogava no São Paulo e era assediado por empresários. O então presidente do clube, Juvenal Juvêncio, o deixou na Espanha por uma semana além do torneio disputado, para que ele fizesse 16 anos e, enfim, o termo de compromisso pudesse ter valor. Foi a forma encontrada para esconder a promessa.

Do jogador, o clube não teve nada mais do que R$ 19 milhões, conquistados depois das vendas para o Internacional, e dos gaúchos para o Chelsea, já que Oscar se rebelou contra as poucas chances no time profissional e iniciou briga judicial com o São Paulo, que ganhou a ação e o dinheiro, mas perdeu a chance de ver o menino brilhar com sua camisa. E o tempo mostrou que Juvenal tinha razões para protegê-lo.

Com apenas dois anos de futebol europeu na bagagem, o jovem já disputou uma Copa das Confederações e uma Copa do Mundo como titular da Seleção, e segue no posto mesmo após a mudança de comissão técnica. Convocado por Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e Dunga, ele soma mais responsabilidades a cada partida.

Com o novo treinador, por exemplo, Oscar divide com Willian as cobranças de faltas laterais e escanteios. No último treino para o jogo contra o Equador, esse tipo de lance foi ensaiado em demasia, assim como já havia acontecido na preparação para enfrentar a Colômbia.

Mesmo com 23 anos, o meia do Chelsea será o terceiro titular contra o Equador com maior número de jogos pela seleção brasileira: ele tem 39 partidas, atrás de Neymar (55) e Ramires (50). Candidato fortíssimo a se manter no grupo por muitos anos, inclusive até a Copa da Rússia, quando terá só 26, Oscar carrega nas costas, além do número 11, a esperança de um futebol agradável, com cara de brasileiro e disciplina inglesa.

E se há sete anos ele precisou se esconder, tudo que o brasileiro não quer neste momento é vê-lo escondido em campo.

BRASIL Jefferson, Danilo, Miranda, Marquinhos e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Ramires, Oscar e Willian; Neymar e Diego Tardelli. Técnico: Dunga

EQUADOR Domínguez, Paredes, Cangá, Erazo e Ayoví; Ibarra, Castillo, Noboa e Martínez (Somoza); Cazares e Enner Valencia. Técnico: Sixto Vizuete

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Gomes Oliveira

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