Pasta deve concluir nesta semana solicitação para encaminhar à agência; Atualmente, exame que pode ser feito em casa não é permitido
O Ministério da Saúde vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso de autoteste no Brasil. De acordo com o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, a pasta deve finalizar os trâmites para solicitação à Anvisa ainda nesta semana.
O GLOBO apurou que a Anvisa tem conversado com o Ministério da Saúde sobre o tema. Diretores da agência têm discutido internamente e em debatido com a pasta para que a medida avance. Atualmente, devido a uma resolução da agência não é permitido no país o uso de autotestes para detecção de Covid-19 em casa.
Uma das frentes de análise na Anvisa é de que poderia ser feita uma normativa excepcional e temporária devido à pandemia, o que já ocorreu em relação a outras questões reguladas pela agência.
Na última sexta-feira, a Anvisa divulgou nota afirmando que a adoção do autoteste depende da implementação de política pública sobre o tema.
“Para a adoção de uma eventual política pública que possibilite o uso de autoteste para Covid-19, é fundamental considerar os fatores humanos e a usabilidade do produto, medidas de segurança do produto, limitações, advertências, cuidados quanto ao armazenamento, condições ambientais no local que será utilizado, intervalo de leitura, dentre outros aspectos”, argumentou a Anvisa na ocasião.
Nos últimos dias, a profusão no número de casos de Covid-19 no país e a escassez de testes para detecção da doença acenderam o debate sobre o uso do autoteste no Brasil. De acordo com especialistas, a adoção desses testes pode ser importante para auxiliar no combate à pandemia e frear a transmissão, uma vez que as pessoas poderiam se isolar a partir do diagnóstico obtido de maneira mais célere.
No fim de semana, o ministro Marcelo Queiroga anunciou a distribuição de 28,2 milhões de testes de antígeno em janeiro em meio à escassez do item. Esse tipo de exame permite diagnóstico rápido em cerca de 15 minutos e são feitos em unidades básicas de saúde ou farmácias.
FONTE: O GLOBO
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