Clube contesta decisões da arbitragem nas partidas contra Flamengo, Fortaleza e Bahia. Raí diz que diretoria busca medida a tomar com a CBF
A diretoria do São Paulo está insatisfeita com a arbitragem neste início de Campeonato Brasileiro, sobretudo com os critérios utilizados para consultar o VAR. São seis lances em que o clube acredita ter sido prejudicado nas últimas três partidas.
– Temos que marcar posição, ver o que a gente pode fazer para que isso não se repita – disse o diretor de futebol Raí.
No empate sem gols com o Bahia, no domingo, Daniel Nobre Bins (RS) expulsou o atacante Toró após ser orientado por Rodrigo Nunes de Sá (RJ), que estava na cabine do VAR, a consultar o vídeo. O árbitro, que havia mostrado cartão amarelo ao são-paulino, julgou que o pisão no ombro do goleiro Douglas foi intencional e passível de cartão vermelho.
O São Paulo diz não entender o motivo de o mesmo procedimento não ter sido adotado no primeiro tempo, quando Liziero sofreu uma entrada no meio de campo, torceu o tornozelo e precisou ser substituído. O atleta do Bahia não recebeu nenhuma advertência e o recurso do vídeo não foi usado.
– Ficou claro que foi um lance que decidiu uma partida, são dois pontos que não voltam mais. Falta de critério, incompetência. O cara pisou no tornozelo do Liziero, que saiu com 13 minutos. O Toró pisa no ombro, mas sem intenção nenhuma. Para ser expulso, tem que ser uma agressão, e ele não agrediu. O São Paulo jogou mal no primeiro tempo, a gente tem que saber disso. Um time que quer brigar para chegar não pode fazer o primeiro tempo que a gente fez. Quando o time volta melhor, o juiz faz essa besteira, que muda o ritmo da partida – analisou Raí.
Na vitória por 1 a 0 sobre o Fortaleza, Tchê Tchê levou uma entrada dura de Marcinho na lateral do campo e o jogador do clube cearense recebeu apenas cartão amarelo de Wilton Pereira Sampaio (GO). Contra o Flamengo, o zagueiro Thuler acertou as costas de Pato (que sofreu lesão) e o rosto de Hernanes com o cotovelo, além de Trauco ter feito falta dura em Antony. Os dois saíram de campo só com cartões amarelos mostrados por Ricardo Marques Ribeiro (MG). Nenhum desses lances citados foi analisado pelo árbitro de campo no vídeo.
– A jogada com o Pato (contra o Flamengo) é uma agressão. Teve um lance com o Tchê Tchê contra o Fortaleza que quase quebrou o tornozelo dele e nem foram ver o VAR. A gente está vendo que, infelizmente, o VAR por enquanto está confundindo, parando o jogo, estragando o espetáculo e o trabalho – completou Raí.
Em suas redes sociais, o uruguaio Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do Tricolor, publicou imagens dos lances de Thuler e da entrada em Liziero, além de uma falta de Ramiro sobre Everton Felipe na final do Paulistão, para contestar os critérios da arbitragem.
FONTE: LANCE
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