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Reeducandas entram na fase final do ensino superior por meio da educação no sistema prisional

Na Penitenciária Estadual Suely Maria Mendonça, 51 reeducandas estão matriculadas em atividades educacionais

Como meio de ressocialização dentro das unidades prisionais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça – Sejus, segue trabalhando na oferta de educação a este público-alvo. Na Penitenciária Estadual Suely Maria Mendonça, na Capital, 51 reeducandas estão matriculadas em atividades educacionais, 34 no ensino fundamental , 14 no médio e três no ensino superior, sendo 4º período em Serviço Social, 7º em Administração e 8º em Ciências Contábeis. Destas, duas concluem o nível superior, ainda este ano.

Incentivando companheiras de cárcere, as reeducandas estudam na modalidade de Educação a Distância – EaD, na biblioteca da unidade, e deram início na graduação através do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade – Enem PPL, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. Após autorização judicial, as matrículas foram realizadas pelos familiares que providenciaram os materiais necessários. Todas as aulas são fiscalizadas pela Sejus, que  disponibiliza a internet para os estudos.

Na unidade acontece, ainda, o projeto de remição por leitura, com a participação de 90 reeducandas

Uma das reeducandas passou por todo processo de formação dentro da unidade prisional, através da oferta de ensino fundamental e médio, até chegar ao ensino superior, e relatou: “Não tinha documentos que comprovassem o nível fundamental que havia cursado anteriormente, e aqui dentro tive a oportunidade de recomeçar, fiz desde a 1ª série, até chegar na faculdade, tendo certeza que vai me abrir  muitas portas; e o curso de Administração, apesar de complexo, me possibilitou aprender sobre investimentos e lucros. Em qualquer área que for trabalhar já me vejo colocando em prática o aprendizado,  inclusive,  montando meu próprio negócio na área da costura e beleza. Me sinto segura e preparada com meu curso superior”, enfatizou.

Finalizando seu curso neste semestre, a acadêmica de Ciências Contábeis, afirma que tem planos de abrir seu próprio escritório, fazendo controladoria, auditoria e balanços de empresa, e enfatizou: “Aqui não é o fim, é o recomeço. Para quem quiser lutar, abrir portas  e aprender, o caminho é estudar”, considerou.

O governador do Estado, Marcos Rocha destacou a importância dos estudos no processo de ressocialização.

“Por meio da educação, essas reeducandas recomeçarão suas vidas profissionais de forma mais qualificada, com diploma em mãos, ampliando as oportunidades de inserção no mercado de trabalho”, concluiu.

INCENTIVO À LEITURA

Ainda como incentivo à educação, o Governo realiza o projeto de remição pela leitura, em que 90 reeducandas participam, lendo em média 1 livro por mês. Além do aprendizado, as reeducandas garantem a remição de pena, prevista na Lei de Execução Penal, de um dia da pena a menos a cada 12 horas de estudo, distribuídas em três dias; e por leitura, a cada obra lida são remidos quatro dias de pena, respeitando o limite de uma obra por mês.

FONTE: SECOM/RO

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