Segundo o Cecafé, volume embarcado recuou 12,7% para 2,7 milhões de sacas, enquanto preço médio subiu 19,8% para US$ 174,85/saca
O balanço divulgado nesta terça-feira pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostra que em março foram exportadas 2.707.607 sacas de café, volume 12,7% inferior ao embarcado em igual período do ano passado. A receita cambial cresceu 4,5% para US$ 473,4 milhões e preço médio subiu 19,8% para US$ 174,85/saca, na comparação com março de 2016.
Segundo o Cecafé, as exportações de cafés verdes somaram 2.363.384 sacas, sendo 2.342.758 de arábica e 20.626 de robusta. O total do café industrializado ficou em 344.223 sacas, um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo mês em 2016, sendo 343.278 sacas de café solúvel e 945 sacas de café torrado e moído.
“Apesar do resultado da exportação ter sido menor em março de 2017 do que o mesmo mês do ano passado, tivemos uma receita cambial superior. Além disso, o balanço de março, ainda que razoável, foi mais positivo do que indicavam as projeções para o período. Podemos destacar ainda o café solúvel que apresentou boa performance, com crescimento de 4%, na comparação com março de 2016”, comenta Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
No acumulado do ano safra 2016/17, as exportações brasileiras de café apresentaram queda de 7,9%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cambial entre julho-2016/março-2017, no entanto, totalizou um aumento de 3,7%, com valor acima de US$ 4,4 bilhões, com o preço médio da saca a US$ 171,62.
O primeiro trimestre do ano civil de 2017 também acompanhou o movimento de baixa, com o total de exportações declinando 10,6% na comparação com os três primeiros meses de 2016, em decorrência da queda do conilon. A receita cambial no período foi positiva, com crescimento de 6,8%, somando US$ 1,3 bilhão, com o preço médio da saca a US$ 175,77.
No total do primeiro trimestre de 2017, os Estados Unidos recuperaram a primeira posição como o país que mais recebeu café exportado do Brasil, representando 19,4% dos embarques no período (1.532.845 sacas). A Alemanha aparece na sequência, com volume bem próximo, 19,3%, (1.524.447 sacas). Itália, Japão e Bélgica também têm destaque no ranking, com 9,8% (772.823 sacas); 6,6% (524.110 sacas) e 6,5% (517.480 sacas), respectivamente.
As exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) totalizaram 1.120.937 sacas no acumulado de janeiro a março e resultaram na receita cambial de US$ 236,35 milhões no período. O preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 210,85.
Os Estados Unidos seguem como o país que mais recebeu cafés diferenciados do Brasil, com 19% do total de cafés com essas características (208.054 sacas). A Bélgica figura na segunda posição com 15% (162.843 sacas) e Alemanha na sequência com 14% (157.484 sacas).
No acumulado do ano, o Porto de Santos segue como principal via de escoamento da safra para outros países, com 87,9% de participação, sendo 6.957.118 sacas embarcadas. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 9,2% de participação no primeiro trimestre (726.107 sacas).
Fonte: Revista Globo Esporte
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