Nono país a receber a iniciativa, coordenada em parceria pelo CEA-IAC e a UPL, começa treinamentos de instrutores com vistas a aumentar capacitação
O programa Aplique Bem começa a ser implementado em regiões da Índia. A iniciativa, centrada no uso correto e sustentável de agroquímicos, une o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP e a empresa UPL. De acordo com o coordenador do programa, o pesquisador científico Hamilton Ramos, os primeiros instrutores indianos do Aplique Bem serão treinados ao longo do mês de agosto.
No Brasil, salienta Ramos, o Aplique Bem está em seu 16º ano. O objetivo é qualificar desde pequenos até grandes produtores ao manejo seguro de agroquímicos. Os principais pilares do programa são a proteção dos cultivos, do meio ambiente e do trabalho rural. “Sem gerar custos ao agricultor, Aplique Bem movimenta uma equipe de agrônomos e uma frota de laboratórios móveis (‘TechMóveis’) rumo às propriedades rurais”, resume ele.
“Agora é a vez de a Índia, onde está a matriz de nossa parceira UPL, entrar para a história do programa, que conta com resultados robustos no Brasil”, continua Ramos. Conforme o pesquisador, somente em solo brasileiro o Aplique Bem já beneficiou mais de 80 mil agricultores, com mais de 1 000 municípios atendidos e mais de 1 milhão de quilômetros percorridos pelos agrônomos instrutores, distância equivalente a 25 voltas em torno da Terra.
“Exportamos o modelo com foco na redução do déficit de mão de obra qualificada. A exemplo do Brasil, onde mais de 60% dos aplicadores de agroquímicos jamais receberam capacitação específica, a Índia se depara com indicadores semelhantes, que remetem à necessidade de dotar pequenas e médias propriedades, sobretudo, de especialização envolvendo agroquímicos.”
De acordo com Ramos, para o CEA-IAC e a UPL, mais importante do que o número de beneficiados pelo Aplique Bem, “é a mudança de comportamento que o programa leva às propriedades, no tocante à redução de custos na safra, ao melhor aproveitamento de produtos agroquímicos, aos ganhos ambientais e de saúde ocupacional.”
Além do Brasil e da Índia, o CEA-IAC e a UPL já executaram ações do Aplique Bem em mais sete países: Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Mali, Gana, México e Vietnã. O centro de pesquisas de Jundiaí, diz Ramos, nutre expectativas de que o programa prossiga em caráter permanente na Índia, onde há produção em escala de arroz, amendoim, cana-de-açúcar, legumes, algodão e grãos.
FONTE: ASSESSORIA BUREAU DE IDEIAS / NETWORK FORCE
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