Sojicultores no sudoeste de Goiás, principal área produtora do Estado, têm segurado vendas da safra 2018/19 em meio a incertezas sobre custos dos fretes e apostando em preços melhores, diante de uma colheita menor no Brasil após o tempo adverso.
Quarto maior produtor do país, Goiás deve produzir 11,3 milhões de toneladas de soja neste ciclo, queda de mais de 4 por cento ante 2017/18, conforme o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Assim como ocorreu em outras regiões brasileiras, a menor produção deve-se ao tempo quente e seco desde o final do ano passado, gerando produtividades desuniformes em Estados do Centro-Oeste, conforme avaliação da expedição técnica Rally da Safra, acompanhada pela Reuters nesta semana.
Com a colheita engrenando agora, produtores relataram que estão atentos ao tamanho efetivo da quebra de safra no país para ver se haverá alguma reação nos preços da commodity.
Alguns produtores afirmaram que já venderam antecipadamente mais de metade da safra, mas agora estão de olho numa eventual reação dos preços.
“Como a quebra foi grande, vamos esperar melhorar o preço”, disse o produtor Murilo Monteiro, que cultiva 680 hectares em Jataí e Serranópolis, ambas em Goiás.
Ele prevê produtividade em suas lavouras em torno de 10 por cento menor na comparação anual, na casa de 62 sacas por hectare.
Atualmente, as referências de preço para a saca de soja em Goiás estão em torno de 66 reais, segundo dados do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária do Estado (Ifag).
FONTE: REUTERS
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