O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), com sede em Londres, anunciou a nova projeção mundial para a safra de grãos 2020/21. Segundo a estimativa a safra será menor. O órgão intergovernamental reduziu a estimativa para a produção de grãos em 9 milhões de toneladas, com um corte de 13 milhões de toneladas na safra de milho sendo parcialmente compensada pela alta do trigo.
Com isso são esperadas 2,21 bilhões de toneladas. O volume ainda é um recorde. A redução foi motivada pelas perdas no milho, especialmente nos Estados Unidos, na Argentina e no Brasil, motivadas pelo clima. Para a safra 2019/20, a entidade manteve a previsão de colheita em 2,186 bilhões de toneladas.
A expectativa de colheita de milho caiu 13 milhões de toneladas, para 1,133 bilhão de toneladas. A produção nos EUA, maior produtor mundial do cereal, foi reduzida para 360,3 milhões de toneladas, frente a uma projeção anterior de 368,5 milhões. Já a safra de milho 2020/21 do Brasil foi estimada em 105,8 milhões de toneladas, abaixo da projeção anterior de 112,5 milhões, mas ainda acima dos 102,5 milhões vistos na temporada anterior.
A previsão para produção de soja na safra 2020/21 foi revisada para baixo em 6 milhões de toneladas, para 359 milhões ante 365 milhões, na comparação mensal, principalmente por preocupações com o clima na América do Sul. Quanto ao trigo, a estimativa de produção foi pouco alterada, de 769 milhões de toneladas para 768 milhões de toneladas, volume recorde.
O IGC também revisou o consumo global de grãos que deve cair 5 milhões de toneladas e ficar em 2,216 bilhões de toneladas, mas segue acima dos 2,192 bilhões de toneladas da safra anterior. Com isso o consumo total deverá crescer pelo quinto ano consecutivo.
No milho serão consumidas 8 milhões de toneladas a menos, ficando em 1,161 bilhão de toneladas. Na soja o consumo cresceu e fica em 365 milhões de toneladas. No trigo o consumo subiu de 752 milhões de toneladas para 753 milhões de toneladas.
Os estoques de grãos, enquanto isso, tendem a cair para uma mínima de cinco anos de 611 milhões de toneladas.
FONTE: AGROLINK
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