A safra brasileira de café 2018/19, colhida este ano, atingiu um recorde de 63,7 milhões de sacas de 60 quilos, estimou nesta quinta-feira a consultoria Safras & Mercado, que revisou para cima seu número após sondagem junto a cooperativas, produtores, exportadores, comerciantes, armazenadores e secretarias de agricultura.
Na previsão anterior, disse a consultoria em relatório, a produção estava estimada em 60,5 milhões de sacas.
Com a revisão, agora a Safras estima um crescimento de 25,4 por cento na colheita de café do Brasil, maior produtor e exportador global da commodity, na comparação com 2017.
“Relatos de produtores, apontando resultado acima do esperado, e os armazéns cheios de café, antecipavam que a produção em 2018 era maior que a esperada inicialmente”, disse em nota o consultor de Safras Gil Barabach, responsável pela estimativa.
Os números de safra refletem o avanço na produtividade das lavouras, lembrou Barabach.
Relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) citado pela Safras indicou que a área em produção cresceu apenas 0,1 por cento, totalizando 1,86 milhão de hectares, enquanto a produtividade das lavouras saltou para 33 sacas/ha, o que corresponde a um incremento de 37 por cento se comparado à temporada anterior.
“As lavouras de café repercutem positivamente o clima favorável, o parque cafeeiro rejuvenescido e os investimentos em tratos culturais em anos anteriores”, ressaltou.
No caso do arábica, houve avanço na safra de 2018/19 de 23,6 por cento, totalizando 47,7 milhões de sacas. A produção do conilon, depois de anos seguidos de seca e colheita bem abaixo do potencial, foi estimada em 16 milhões de sacas, crescimento de 31,1 por cento na comparação anual.
FONTE: REUTERS
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