Local agora conta com um painel de pintura em cerâmica que retrata a história dos naufrágios no rio Madeira
Em mais uma demonstração de carinho e valorização ao patrimônio histórico do município, a Prefeitura de Porto Velho inaugurou no final da tarde de terça-feira (16) a primeira etapa dos trabalhos de revitalização da Praça das Três Caixas d’Água. Símbolo da cidade e um dos principais pontos turísticos de Rondônia, ela está localizada no centro histórico da capital rondoniense.
“Nós estamos trabalhando em várias frentes, focando principalmente no turismo, que é a 4ª maior indústria do mundo e em Porto Velho sempre houve uma falta de atenção com a questão do turismo. Esta obra vai contribuir fortemente para a questão do turismo, a própria Estrada Madeira-Mamoré também, que daqui há alguns meses estará aberta ao público com museu interativo”, destacou o prefeito Hildon Chaves.
Ele ainda falou sobre a restauração das estruturas de ferro que sustentam as caixas d’água, danificadas, e a nova pavimentação de todo espaço. “Vai ficar uma praça que vai orgulhar a todos nós rondonienses, especialmente nós, porto-velhenses”, completou Hildon Chaves, que agradeceu a doação de tintas pelo Grupo Dismonza e o painel em cerâmica feito pelo artista plástico Bruno Souza.
EXPOSIÇÃO
Conforme a titular da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur), na segunda fase da revitalização será construído o Centro de Memória Dana Merryl, nome do fotógrafo contratado por Percival Farqhuar para registrar a construção da Madeira-Mamoré. “As fotografias que estão lá no Museu Paulista, em São Paulo, virão para cá e a gente vai expor essas fotos”, afirmou
A terceira etapa dos trabalhos será marcada pela instalação de uma iluminação especial para colocar as caixas d’água em destaque. “Teremos uma projeção mapeada, que é um show de luzes aos fins de semana nas Três Marias. Haverá também uma calçada interativa ligando a Praça das Três Caixas d’Água com a Praça Aluízio Ferreira”, finalizou.
Rosi Kempin, da Secretaria Municipal de Resolução Estratégica de Convênios e Contratos (Semesc), falou da integração do Centro de Memória para manter a máxima visibilidade de todo o espaço da praça. “Com certeza, vai ficar uma obra bonita, como Porto Velho merece, valorizando a nossa história e um dos principais cartões postais de nossa cidade”, disse.
O evento contou com uma apresentação de forró pé de serra e a feira de comerciantes do projeto Giro Empreendedor expondo seus produtos.
OBRAS
Nesse primeiro momento foi realizada a pintura dos bancos e dos muros, toda parte de paisagismo e a construção do painel em cerâmica. O objetivo da revitalização é reviver a memória e movimentar a economia através do resgate histórico.
O painel de pintura em cerâmica de mais de três metros de altura, obra do artista plástico porto-velhense Bruno Souza, intitulado “Travessia da Cachoeira do Rio Madeira”, recebeu iluminação especial para ficar em destaque.
Ele retrata a história dos naufrágios que ocorriam com embarcações no rio Madeira, principalmente nos trechos de cachoeiras, sendo uma das principais razões da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), que deu origem à cidade de Porto Velho.
PARCERIAS
Parceiros públicos e privados atuaram nessa primeira etapa do processo de revitalização. A Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (Emdur), por exemplo, realizou a pintura dos muros, com doação das tintas pelo Grupo Dismonza, e instalou iluminação de LED.
A reforma dos bancos e o paisagismo ficaram por conta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema). Já a limpeza foi realizada pela Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos (Semusb).
Também é importante ressaltar que a instalação do painel de cerâmica foi realizada com material fornecido pela Fundação Cultural do município (Funcultural). Além disso, Semdestur e Semesc trabalharam juntas na elaboração do projeto arquitetônico de revitalização da praça.
A Semdestur foi quem mobilizou os demais parceiros e buscou apoio do Governo do Estado para que cedesse a responsabilidade do espaço ao município por 20 anos. Também trabalhou para regularizar a documentação junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), parceiro na preservação do local.
FONTE: ASSESSORIA COMDECOM
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