Obras inacabadas, ajuste da máquina pública, infraestrutura, transporte coletivo e coleta de lixo e enchente do Rio Madeira. Esses foram alguns temas tratados pelo prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, ao ser entrevistado ontem à noite pela jornalista Ivonete Gomes, âncora do Jornal Interativo, transmitido pelo Canal 38 e Rondoniagora TV.
O prefeito disse que pegou a prefeitura com muitas ações contra ela na justiça e precisava de tempo para ajustar a máquina pública. Feito isso, já conseguiu comprar maquinário para execução de obras (investimento de mais de R$ 30 milhões), concedeu reajuste salarial para o funcionalismo público municipal, já iluminou cerca de 75% da cidade, quebrou o contrato com a Marquise, empresa responsável pela coleta de lixo e está lutando na justiça para quebrar o monopólio do transporte coletivo. “Só vou sossegar quando eu vir a terceira empresa de ônibus operando em Porto Velho”, enfatizou.
Nazif disse que a Secretaria Municipal de Obras (Semob) está avançando em suas ações. Citou como exemplos o trabalho de asfaltamento com drenagem no bairro Eletronorte, asfaltamento do Flamboyant, tapa buracos e serviços de drenagens, dentre outros em diversos pontos da cidade. “Vamos trabalhar de manhã, a tarde e a noite”, completou.
A sinalização de trânsito também está sendo priorizada, tanto a horizontal quanto a vertical. Segundo ele, o Município fez parceria com o Detran, que vai repassar nos próximos dias a quantia de R$ 8 milhões para deixar o trânsito mais humano. Garante que haverá um trabalho muito forte para melhorar a sinalização das ruas e avenidas da capital rondoniense.
Uma das principais mudanças, o diferencial de sua gestão, segundo Nazif, é que o dinheiro público tem o seu destino correto, que é o investimento na própria população. “Foi assim que conseguimos comprar o maquinário. Quando eu assumi a prefeitura só tinha sete máquinas. A Emdur estava falida e só conseguimos trocar a primeira lâmpada no dia 17 de setembro”, informou.
Sobre a enchente do Rio Madeira, o prefeito informou que Porto Velho sofreu prejuízos da ordem de dois bilhões de reais, mas que ainda não recebeu qualquer repasse do montante de R$ 5 milhões e 700 mil que o Governo Federal enviou ao governo estadual. Falou da necessidade de reconstruir as ruas, equipamentos públicos e fornecer casas populares para as famílias afetadas, dentre outras ações a serem desencadeadas pela prefeitura.
Como principais necessidades por conta da enchente, Mauro Nazif aponta a reconstrução de toda parte afetada na capital e nos distritos, obras de macro drenagem e muro de contenção para evitar que a cidade sofra grandes prejuízos com as próximas cheias. Disse que além de 13 mil casas populares que conseguiu junto ao Governo Federal, está pleiteando mais 5 mil, sendo que boa parte vai atender famílias de desabrigados.
O prefeito ainda respondeu várias perguntas de internautas e telespectadores feitas ao vivo por telefone ou via internet. Moradores dos bairros Lagoa, Lagoinha, Igarapé, Nacional, Esperança da Comunidade e Pedrinhas, dentre outros, fizeram as perguntas diretamente ao prefeito. A maior parte sobre questões estruturais. Outros sugeriram algumas demandas, quais foram anotadas pela assessoria de Nazif e serão encaminhadas as secretarias responsáveis.
Por Augusto José | Fotos: Frank Nery
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