Porto Velho é o município brasileiro com maior número de focos de incêndios registrados em julho deste ano, segundo dados programa de queimadas do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nos primeiros 15 dias do mês, os satélites de monitoramento observaram 109 focos, um aumento de 160% em relação a junho, que teve 42 focos.
A cada ano, o número de queimadas urbanas e rurais tem sido uma preocupação para os órgãos de proteção ao meio ambiente em todo o Estado de Rondônia. Segundo dados divulgados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevefogo), em junho de 2017 foram registrados 152 focos de incêndios em áreas rurais da capital e no mesmo período deste ano, já são 85 ocorrências.
A coordenadora estadual do Prevefogo, Norberta Ferreira Benarrosh, destaca uma pequena redução dos focos de queimadas na capital. “Fazendo um comparativo dos números dá para perceber uma pequena diminuição, mas não é um número muito significativo. Espero que essa redução seja por causa da conscientização que é o que esperamos por parte da população porque nós sabemos dos prejuízos causados por queimadas”, destacou a coordenadora.
A coordenadora acredita que para ter uma redução significativa das queimadas, a população precisa se conscientizar, principalmente os do campo. “As pessoas acham que queimar é a maneira mais fácil para limpar grandes áreas e isso pode causar sérios problemas matando animais, poluindo o meio ambiente, destruindo as propriedades vizinhas e prejudicando o solo”, explicou Norberta.
O Prevfogo conta com quatro brigadas no Estado todo para atender a demanda e, segundo a coordenadora, esse número é insuficiente, pois o ideal seria de seis a oito brigadas em Rondônia. “Uma das brigadas está instalada em Porto Velho, uma no Joana D’Arc, Machadinho do Oeste e Nova Mamoré. Na capital, contamos com o apoio de 30 brigadistas e 87 em todo o estado, mas esse número poderia ser maior, principalmente, na capital que é onde o número de focos de queimadas são maiores nessa época do ano”, disse.
Sobre o período mais crítico, a coordenadora afirmou que os números de queimadas começam a aumentar em junho, julho, agosto e setembro. “Nós atendemos todas as demandas florestais com abafador e bomba costal e agora estamos começando a usar sopradores pra ajudar no combate aos focos. Caso o morador queira fazer alguma queimada, faça uma prevenção antes e se não souber é só procurar o Prevfogo que eles podem ajudar para evitar o pior aconteça”, finalizou a coordenadora.
Para denunciar sobre os focos de queimadas existentes a população pode ligar no 3217-2730. Durante o final de semana o Prevfogo conta com as equipes de plantão para atender as chamadas.
Porto Velho
Na última semana, a Prefeitura de Porto Velho apresentou o “Plano Intensificado de Combate às Queimadas”, constituído pelo programa “Porto Velho Sem Fogo”, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), com o objetivo de articular ações e parcerias com aos órgãos municipais, estaduais e federais.
O plano terá três eixos estratégicos de ação: Monitoramento e Controle, Fomento às Atividades Sustentáveis, Mobilização Social e Educação Ambiental.
Incêndios
No último fim de semana, uma região nas proximidades da Vila do Dnit, após a ponte sobre o Rio Madeira, foi destruída pelo fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas no momento em que seguia para atendimento precisou se deslocar para outra região, nas proximidades da BR-319, onde o fogo poderia atingir a rede elétrica de alta tensão. A Brigada Municipal controlou o fogo na região da Vila do Dnit.
FONTE: RONDONIAGORA.COM
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